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Agregar valor aos produtos orgânicos foi o conselho dado pelo coordenador executivo do Projeto Setorial Nacional Organics Brasil, parceria entre a Apex-Brasil e Instituto de Promoção do Desenvolvimento (IPD), Ming Chao Liu, no VIII Meeting de Inovação em Alimentos, realizado nesta quinta-feira (30), na sede da FIERGS. Liu, que também é consultor do IPD, explicou que os orgânicos brasileiros são valorizados no exterior e buscados para o desenvolvimento de outros produtos. Isto acontece porque no Brasil para ter o selo de orgânico, além de não usar produtos químicos, tem que ter a inclusão social na cadeia produtiva e o menor impacto possível no meio ambiente. “Esta identificação torna os produtos mais legítimos e os torna potencialmente atrativos para a produção de outros, feitos no exterior”, comentou. “É importante que a indústria nacional enxergue a importância desta oportunidade”, salientou. Conforme Liu, o mercado de produtos orgânicos no Brasil movimenta em torno de R$ 2 bilhões e cresce de 35% a 40% por ano, e no mundo, US$ 64 bilhões, com aumento anual de cerca de 12%. “Além disso, está sendo ampliado para cosméticos, artesanato e produtos têxteis”, ressaltou. O especialista foi o primeiro palestrante do evento, promovido pelo Sistema FIERGS, por meio do Conselho de Agroindústria, Senai-RS e IEL-RS, em parceria com a Unisinos e AGDI, com apoio do Sindicato das Indústrias da Alimentação no Rio Grande do Sul.   
           
O coordenador do Conselho de Agroindústria da FIERGS, Marcos Oderich, salientou a importância do evento para discutir problemas do cotidiano das indústrias do setor de alimentos e buscar soluções. “Os debates deste evento renovam a certeza de que as empresas devem se mobilizar para tratar da inovação, levar inteligência para suas indústrias e buscar tempo para planejar”, disse ele. Oderich ainda citou o Guia do Produtor de Alimentos Premium, realizado pela FIERGS em parceria com o Governo do Estado, por meio da AGDI, lançado esta semana. “É um trabalho que deve ser analisado com atenção pelo produtor, pois é rico em informações”, lembrou.
         
O diretor regional do Senai-RS, José Zortéa, que também participou da abertura do evento, fez referência ao Instituto Senai de Tecnologia em Alimentos e Bebidas que vai funcionar na Escola de Educação Profissional Senai Visconde de Mauá, em Porto Alegre. “No próximo ano, os laboratórios já estarão à disposição das empresas”, afirmou. Os laboratórios do IST em Alimentos e Bebidas farão pesquisa, desenvolvimento de produtos, rastreabilidade, gestão de processos e implantação de normas de segurança de alimentos, além de análise de toxicidade em embalagens. O evento discutiu também resíduos sólidos e sua minimização, implementação da logística reversa e inovações em embalagens. 
Publicado quinta-feira, 30 de Outubro de 2014 - 15h15