A ditadura do ter, as diferenças entre as pessoas e o tempo foram os principais temas abordados pela escritora Lya Luft no 9º Meeting de Gestão de Pessoas, promovido pelo IEL-RS, na manhã desta segunda-feira (31), na sede da FIERGS. Ela destacou a importância do indivíduo se ouvir, pensar em si mesmo e no que quer, a fim de tomar as decisões mais acertadas para ele mesmo. Conforme ela, é importante que a pessoa observe e veja o que os outros necessitam. "Ser justo não é ser igual com todos, mas dar a todos o que necessitam", disse ela, usando o exemplo de uma mãe com seus filhos. Também destacou o tempo como uma fonte de angústia atual. "E é algo que não precisa ser estressante. O tempo passa e temos que aceitar isto", disse ela. "Ficar velho não é ruim. A passagem de tempo deve ser motivo de crescimento e não de angústia", relatou.
A pesquisadora e coordenadora da Unisinos dos cursos MBA de Gestão Empresarial e Liderança, Patrícia Fagundes, fez um paralelo dos temas abordados pela escritora e a realidade das empresas. "A ditadura do ter pode silenciar o que a pessoa tem de melhor, sua voz interior", disse ela. Patrícia também afirmou que o líder precisa observar sua equipe para saber seu potencial. "Além disso, o que é mais importante números ou a sustentanbilidade da empresa com a formação de novos líderes?", perguntou ela. Ela lembrou ainda do engajamento dos funcionários. "O engajamento se dá pelo vínculo e pela construção de afeto. Em uma sociedade fútil, este vínculo deve ser muito bem construído para alcançar o engajamento", disse.
A coordenadora de Projetos de Liderança da SLC Agrícola, Daisy Schmidt, explicou o programa realizado pela empresa. Ela salientou que há a preocupação de lidar com os desafios da integração entre gerações e que a missão do seu setor deve ser alinhado à empresa na busca de metas além de trabalhar o desenvolvimento das pessoas.
