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Para FIERGS, reajuste do salário regional penaliza setor produtivo

"Na atual conjuntura de forte disputa internacional e ingresso de importados no mercado interno, medidas como o reajuste de 14,75% no piso regional diminuem ainda mais a competitividade das empresas gaúchas e podem impactar nos postos de trabalho", destacou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao avaliar a proposta aprovada pelo governo do Estado, nesta segunda-feira (19). De acordo com o dirigente, a indústria já tem se defrontado com elevados custos em relação a outros países, como a alta carga tributária e a insuficiente oferta de infraestrutura.

De acordo com Müller, a existência do piso regional estimula a transferência de empresas e novos investimentos para Estados em que não há esta inflexibilidade. "A melhor política de distribuição de renda é a manutenção da inflação baixa e dos empregos", disse o presidente da FIERGS. Também alertou para a "contaminação das negociações e acordos coletivos entre sindicatos patronais e de trabalhadores".

O projeto será enviado pelo governo do Estado nos próximos dias para a Assembleia Legislativa e deverá vigorar a partir de 1º de março. Com isso, a primeira faixa passa a valer R$ 700. Atualmente, o salário mínimo gaúcho é de R$ 610,00 e as entidades empresariais defendem um reajuste com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) − próximo aos 7%. A outra solicitação é de que o aumento passe a valer apenas a partir de 1º de maio de 2012.

Publicado segunda-feira, 19 de Dezembro de 2011 - 0h00