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Missões empresariais impedidas de voar

Termômetro dos investimentos e das perspectivas de negócios internacionais, a maior feira mundial de produtos e subcontratação industrial abriu as portas sem a presença de grande parte das delegações estrangeiras, inclusive a do Brasil, que seria liderada pela expressiva participação de empresários gaúchos. A 64ª edição da Feira de Hannover iniciou em 19 de abril, numa semana histórica para aviação comercial européia, que ficou impedida de decolar e voar no espaço aéreo de quase todo o continente. O motivo de tamanha mobilização foi a insegurança gerada pelas cinzas do vulcão islandês Eyjafjallajokull, que entrou em erupção no dia 14. O temor de que as partículas entrassem nas turbinas e causassem danos aos motores dos aviões determinou os cancelamentos no tráfego.

No Brasil, o embarque da delegação liderada pela FIERGS por meio do Centro Internacional de Negócios (CIN-RS) e com o apoio do Programa Al-Invest IV foi cancelado devido ao atraso de vôos e pela impossibilidade de reagrupar os 113 participantes, 54 deles gaúchos, em outras rotas sem prejuízos ao cronograma das atividades articuladas planejadas, como visitas orientadas com foco nos setores de Petróleo e Gás, Fornecimento Industrial e Automação Industrial. Mesmo assim, o evento contou com grande cerimonial de abertura e a presença da chanceler alemã, Angela Merkel, nos pavilhões da feira. O tema para 2010 foi "Eficiência − Inovação − Sustentabilidade" e o país parceiro a Itália. Curiosamente, um dos destaques foi a área exclusiva para expositores do segmento de tecnologias para a mobilidade, principalmente, elétrica: "As ações nesta área estão sendo movidas pelo Plano de Desenvolvimento da Eletromobilidade, recém adotado pelo governo alemão, no qual os setores científico, industrial e governamental estão unidos", explicou Constantino Bäumle, diretor da Hannover Fairs do Brasil, representante da feira no País.

Em uma iniciativa inédita, em paralelo à Feira de Hannover, a FIERGS, por meio do Comitê de Competitividade em Petróleo, Gás e Energia (CCPGE) e o CIN-RS, organizou a Missão Petróleo e Gás Mar do Norte. Entre os dias 19 e 25 de abril o grupo, que também foi impedido de embarcar rumo a Aberdeen, na Escócia, teria uma série de encontros com empresários europeus do setor, um dos que mais crescem no Rio Grande do Sul. A Missão Petróleo e Gás tem a aprovação do Projeto de Apoio à Inserção Internacional de Pequenas e Médias Empresas Brasileiras (PAIIPME), financiado pelo Brasil e União Europeia e executado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), órgão ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Uma nova data será agendada para a viagem brasileira.

Com as dificuldades de agenda em vôos internacionais, o Senai-RS passou pela mesma situação e teve de adiar sua participação em viagem para o Marrocos organizada pela Agência Brasileira de Cooperação. Marcada para o dia 19, a ida de um técnico do Senai gaúcho daria início à execução de projeto para as práticas de ensino inclusivas nas escolas do Escritório de Formação Profissional e Promoção do Trabalho (OFPPT). O Senai-RS foi escolhido por sua reconhecida competência e experiência de boas práticas de educação profissional.

Publicado sexta-feira, 23 de Abril de 2010 - 0h00