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Setor industrial gaúcho elege a inovação como prioridade

Ao abrir o Encontro Estadual da Indústria, na tarde desta terça-feira (20), o vice-presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), José Antonio Fernandes Martins, afirmou que o Estado pode reverter a perda de participação no PIB brasileiro através de um esforço conjunto no sentido de agregar valor aos produtos fabricados no Estado. Em 1999, a economia gaúcha tinha participação de 7,8% no PIB nacional, subindo para 8,2% em 2003, mas em 2008 caiu para 6,7%."A reversão dessa queda passa pela inovação. Precisamos ser fanáticos por inovar, agregando valor aos nossos produtos, quebrando a acomodação de ficarmos vendendo commodities", enfatizou o industrial.

O vice-presidente da FIERGS salientou também que as prioridades definidas serão levadas ao Encontro Nacional da Indústria, que será realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em novembro, em Brasília. O objetivo final é comprometer os políticos candidatos ao governo estadual, aos legislativos e à Presidência da República, com uma plataforma de questões de interesse da indústria privada. "Precisamos elaborar propostas e estratégias que eliminem as barreiras que enfrentamos e abrirmos um caminho para o progresso", avaliou Martins.

Os temas destacados no Encontro Estadual, que teve a presença de 54 sindicatos industriais, formam uma pauta de conceitos e medidas para contribuir com o processo de desenvolvimento sustentado. De acordo com a avaliação dos industriais é preciso reduzir os fatores de custos estaduais, contemplando as áreas tributária, de logística e de infraestrutura social, incluindo o acesso ao crédito, especialmente às empresas de menor porte; programas setoriais focados para atacar as maiores dificuldades; e um choque de simplificação, reduzindo drasticamente a burocracia com seus ônus inerentes.

As medidas básicas para sustentar o processo de desenvolvimento estadual e suas relações com políticas de âmbito nacional incluem a regulamentação da Lei Estadual da Inovação; a manutenção em ritmo adequado das obras do PAC; a política industrial de conteúdo local para as oportunidades geradas a partir das reservas de petróleo do pré-sal; a extinção do Piso Salarial Regional; a resolução do conflito entre ISSQN/ICMS/IP a equacionamento dos pontos polêmicos do regime de substituição tributária; e a articulação para obras de infraestrutura permanente em relação à Copa do Mundo de 2014.

Também foi proposta a prorrogação por dois anos dos programas do BNDES com vencimento previsto para 31 de dezembro de 2009; a redução da carga tributária no setor elétrico brasileiro e a remoção dos entraves à geração e manutenção dos empregos formais. Além de melhorias e adequações regionais à legislação ambiental; investimentos na logística nacional e de comércio exterior; desoneração das exportações e análise da política cambial vigente e decisões diretas ou compensatórias com vistas à dinâmica exportadora do Estado e do País.

O documento com as proposições detalhadas será encaminhado às autoridades estaduais e ao Encontro Nacional da Indústria, promovido pela CNI nos dias 17 e 18 de novembro, em Brasília.

Publicado Terça-feira, 20 de Outubro de 2009 - 0h00