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Encontro define políticas de integração da América Latina

"A América do Sul tem gargalos na questão logística, mas pode se tornar uma alternativa para os problemas mundiais", declarou Joal Teitelbaum, presidente do Comitê das Rotas de Integração da América do Sul (Crias), na sexta-feira (18), no Congresso Internacional realizado pela entidade. Ele destacou os pontos fundamentais para viabilizar a conexão logística da América do Sul, entre eles estão a implantação de uma oficina permanente de projetos, a sinergia entre o Conselho Sul Americano de Infraestrutura e Integração com o setor privado e um edital padrão para as licitações entre os países da região.

O presidente da FIERGS, Heitor José Müller, afirmou no evento que, diante das incertezas do cenário econômico mundial, é fundamental que a América do Sul fortaleça sua unidade, respondendo com gestão competente as suas interligações dos modais logísticos e consiga superar as dificuldades do intercâmbio comercial". Representando o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, o industrial destacou ainda que, "pelo conteúdo e pela qualificação dos participantes, o Congresso Internacional das Rotas de Integração tem todas as condições de propor políticas e investimentos que servirão para superar os impasses e consolidar o Mercosul".

De acordo com dados do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), no período de 2006 a 2020, a América Latina deveria investir 5,2% de seu Produto Interno Bruto (PIB) na área de infraestrutura para acompanhar as necessidades do crescimento projetado para a região. Entre as principais recomendações feitas pelo Congresso, que irão constar no documento que traça a política do Crias até 2013, são destaques os seguintes pontos: o prazo de 2020 para estarem concluídos os principais projetos de infraestrutura e a implantação de uma proposta de gestão de governança que viabilize os projetos. No primeiro caso, fazem parte os túneis do corredor bioceânico do Aconcágua e de Água Negra, que pretendem melhorar o transporte ferroviário e rodoviário via Cordilheira dos Andes, incluído aí o Corredor Mercosul-Chile; a matriz energética com adoção dos recursos naturais de cada região; e a integração interior via navegabilidade dos rios e canais, com sistema interno intermodal que alcance os hub ports nos Oceanos Atlântico e Pacífico.

Publicado sexta-feira, 18 de Novembro de 2011 - 0h00