Com o tema "Os Desafios da Inovação em Mercados Emergentes", o 4º Congresso Internacional de Inovação foi aberto nesta quarta-feira (16), no Teatro do Sesi, em Porto Alegre. Até esta quinta-feira (17), no Centro de Eventos FIERGS, especialistas e público debatem, entre outros assuntos, a forma como países do porte de Brasil, China e Índia lidam com a transferência de tecnologia e a propriedade intelectual, e os modelos de inovação adequados a estas nações. Promovido pelo Sistema FIERGS, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RS), Serviço Social da Indústria (Sesi-RS), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS) e Conselho de Inovação e Tecnologia (Citec), o evento conta com 1,7 mil inscritos. "Estamos convictos de que a concorrência internacional abre um inédito capítulo, no qual o elemento definidor do sucesso é a inovação", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor José Müller, em seu discurso na cerimônia de abertura.
Müller ressaltou, porém, que o pilar de sustentação da capacidade de inovar em uma sociedade emergente está na educação de qualidade. O presidente do Sistema FIERGS lembrou que o País se colocou apenas na 84ª posição, em um ranking de 187 integrantes, no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU). "Por isto, defendemos uma educação de qualidade, o que inclui a reciclagem de professores, um sistema de bolsas no exterior e muita atenção ao Ensino Básico", disse.
O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, afirmou que o conceito de inovação "diz respeito ao nosso cotidiano" e como ela é colocada à disposição da sociedade. Citou projetos de mobilidade urbana − como o aeromóvel −, de saúde e educação da prefeitura da Capital como exemplos de busca desta inovação pelo setor público.
O secretário da Ciência, Inovação e Desenvolvimento Tecnológico do Rio Grande do Sul, Cleber Prodanov, observou que a inovação é um "desafio permanente em nossas atitudes diárias" e que, por meio dela, sociedade e governo podem ser mais eficientes e melhores. "Não é um modismo, é uma necessidade", ressaltou.
De acordo com o coordenador do Conselho de Inovação e Tecnologia da FIERGS, Ricardo Felizzola, os desafios da inovação vão ser abordados nesses dois dias, com um público bastante significativo e interessado: "Isso leva a crer que a liderança da FIERGS em coordenar este evento traz um valor inestimável para o Estado do Rio Grande do Sul".
Para o diretor de Inovação e Tecnologia da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Lucchesi, o Brasil precisa atuar tanto em agenda velha, como infraestrutura, macroeconomia, segurança jurídica, e trabalhar também, simultaneamente, uma agenda nova, que inclui a inovação. "A CNI tem a Mobilização Empresarial pela Inovação, que é a maior plataforma privada de envolvimento do empresariado brasileiro em prol do tema, e que tem no Rio Grande do Sul um núcleo muito bem estruturado, inclusive com um conselho com líderes sociais em torno da agenda de mobilização empresarial pela inovação", observou.
A cobertura dos painéis desta quarta-feira podem ser acessadas no site www.fiergs.org.br/inovacao.
