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Agricultura e indústria terão o maior impacto nos próximos 20 anos

A primeira palestra do 2º Congresso Internacional de Inovação, promovido pelo Sistema FIERGS, por meio do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RS), destacou a agricultura e a indústria como setores de maior impacto na economia mundial nos próximos 20 anos. David Sawaya, analista político do International Futures Programme (IFP), da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), afirmou que estes segmentos deverão ter um grande aumento de investimentos. "A agricultura já conta com regulação, mas a biotecnologia industrial deve ser regulada para que possa se desenvolver de forma mais efetiva", considerou. Sawaya falou no painel "Bioeconomia: Cenários da Inovação para 2030 − Mercados para agricultura, saúde e indústrias".

Sawaya tem formação em Engenharia Civil com ênfase em sistemas estruturais e estudos de ambientes menores, pela universidade norte-americana de Santa Clara, e estudos espaciais na International Space University (Strasbourg, França), além de economia na George Mason University (Virginia, EUA). Em sua palestra Bioeconomia em 2030: desenho de uma agenda política, lembrou que a África e a Ásia transformarão a demanda de alimentos, consumo de energia e água. E para atender essa demanda não bastará apenas produzir alimentos. "É preciso que haja pesquisa para encontrar alimentos funcionais que satisfaçam o mercado consumidor", disse ele. "Neste sentido a regulação da biotecnologia industrial é fundamental, pois facilitará a chegada destes produtos ao consumidor de forma confiável".

Ele lembrou também a importância do governo investir em pesquisa para depois levar ao setor privado. "Hoje a pesquisa pública é 10 vezes maior do que no setor privado, mas é preciso ter infraestrutura nesta área", salientou. Com relação aos biocombustíveis, Sawaya disse que ele é inferior em relação à densidade energética do que os que estão começando a ser produzidos pela biologia sintética. "Mas espero que o Brasil continue suas pesquisas nesta área", opinou.

O 2º Congresso Internacional de Inovação conta com o apoio do Serviço Social da Indústria (Sesi-RS), Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai-RS), PUCRS, Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP), Sebrae, Movimento Brasil Competitivo (MBC), Marcopolo, Secretaria de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul (SCT-RS), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e Banco do Brasil. Mais informações pelo hotsite do Congresso (www.fiergs.org.br/inovacao/2009).

Publicado segunda-feira, 23 de Novembro de 2009 - 0h00