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A Petrobras realiza fortes ajustes para reduzir custos, diminuir sua dívida, de US$ 120 bilhões, e se adaptar à nova realidade do mercado, a fim de se manter competitiva. E, entre as estratégias para tentar alcançar seus objetivos nesta nova fase estão renegociações com a cadeia produtiva, maior cooperação entre atores da indústria e racionalização de custos administrativos e de suporte. A afirmação é do diretor de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão da empresa, Nelson Silva, durante a apresentação “A Evolução da Petrobras”, na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), na tarde desta terça-feira (14).

De acordo com o diretor da estatal, até 2009 a Petrobras pagava US$ 1,7 bilhão de juros da dívida ao ano, valor que pulou para US$ 6,3 bilhões ao final de 2015. “A diferença é o preço de uma plataforma completa”, enfatizou Silva, informando que a estatal pretende construir 19 novas plataformas até 2021, e que o conteúdo local será priorizado, mas que é preciso ser “competitivo internacionalmente”.

Além da palestra, Nelson Silva ouviu demandas e respondeu alguns questionamentos de industriais. “O Rio Grande do Sul se posiciona na rede de fornecedores para os planos de investimentos da estatal do setor de petróleo como uma base industrial capaz de atender às exigências requeridas pela Petrobras e suas contratadas. Logicamente, sabemos das mudanças havidas, que nos levaram a uma etapa diferente daquela primeira fase que nos credenciamos como polo naval”, disse o presidente da FIERGS, Heitor José Müller, que e ao lado dos prefeitos de Rio Grande, Alexandre Lindemeyer; e da prefeita de São José do Norte, Fabiany Roig, expressou preocupação com os destinos dos estaleiros navais instalados nos dois municípios.

Crédito foto: Dudu Leal

 

 

Publicado Terça-feira, 14 de Março de 2017 - 17h17