Você está aqui

eSocial pretende informatizar informações fiscais, trabalhistas e previdenciárias das empresas

O eSocial, sistema que pretende unificar em um ambiente online a prestação de informações fiscais, trabalhistas e previdenciárias das empresas para o governo federal, foi debatido em seminário promovido pelo Sistema FIERGS, por meio do Conselho de Relações do Trabalho e Previdência Social (Contrab), nesta segunda-feira (5), no Teatro do Sesi. Na abertura do evento, o diretor da FIERGS, Thômaz Nunnenkamp, destacou que "teremos uma governança de primeiro mundo, com leis trabalhistas antiquadas, de 70 anos atrás. E quem pagará o custo serão as próprias empresas". Lembrou que o Brasil é o país que mais gasta tempo para cumprir questões acessórias − média de 1.600 horas por ano, o que reduz a competitividade, conjuntamente com a falta de investimentos por parte dos governos. "Enquanto o setor privado investe o equivalente a 25% do PIB, o setor público aplica apenas 2,3%", calcula Nunnenkamp.

Já o especialista em política e indústria da gerência executiva de Relações do Trabalho da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Rafael Ernesto Kieckbusch, declarou que o novo processo envolverá mudanças organizacionais e na maneira como as informações circulam dentro das companhias e chegam até o governo, por isso, empresários temem que o projeto do eSocial aumente custos, em vez de diminuir a burocracia. Ele informou algumas ações realizadas pela CNI em relação ao tema, como a criação de grupos multidisciplinares para estudar a matéria, reunião com as empresas-piloto para conhecer as principais dificuldades e com as principais fornecedoras de software.

Também palestraram no seminário o contador-sócio da CCA Bernardon Contadores e Advogados, André Bocchi da Silva, e o executivo técnico de Negócios da Senior Sistemas S.A. Profissional Márcio Nolasco.

Publicado segunda-feira, 5 de Maio de 2014 - 0h00