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Especialista americano faz palestra sobre toxicidade em efluentes industriais

Durante a palestra Métodos e Ações para Investigação e Redução de Toxicidade em Efluentes Industriais, realizada na quinta-feira (9), na FIERGS, o especialista da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), Michael Gonzalez, alertou para a necessidade de as indústrias serem proativas, não reativas. "Temos de nos preocupar com a situação de toxicidade e o seu impacto no meio ambiente, para não precisarmos remediar. Não criar um problema e ter de enfrentá-lo mais tarde, mas identificá-lo antes para minimizar a possibilidade de risco", alertou ele no evento, realizado pelo Conselho de Meio Ambiente (Codema) e pelo Centro Nacional de Tecnologias Limpas Senai (CNTL). "Os Estados Unidos já passaram por situações que o Brasil vive atualmente e temos soluções para isso".

Segundo Gonzalez, bacharel em Química pela Universidade do Texas − El Paso e PHD em Química Orgânica pela Universidade da Flórida, as novas gerações, com maior consciência em relação aos problemas ambientais, ajudam a estabelecer as estratégias das empresas. São consumidores capazes de, em alguns casos, deixar de adquirir determinado item se não for produzido de forma sustentável. Além disso, destacou, nos Estados Unidos muitas companhias passaram a entender que a "produção verde" é uma excelente ferramenta de marketing.

O especialista explicou que, anualmente, as fábricas americanas são fiscalizadas por inspetores do EPA. Caso não estejam cumprindo as normas ambientais, sofrem penalidades que vão desde multas até a própria tomada da unidade pelo governo dos EUA.

O coordenador do Conselho de Meio Ambiente da FIERGS, Torvaldo Marzolla Filho, salientou que toxicidade é um assunto que o Codema dedica grande atuação, mas ainda um tema novo para a indústria. "Precisamos estabelecer parcerias para trabalharmos em relação a isso", afirmou.

Publicado quinta-feira, 9 de Junho de 2011 - 0h00