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Especialista explica os desafios da inovação

O diretor do Programa de Inovação e Crescimento da Hult International Business School de Boston, Hitendra Patel, afirmou nesta quarta-feira, na sede da FIERGS, que a implantação da inovação passa por quatro etapas: os desafios da implantação, o início correto, a execução flexível e o amanhã. "O primeiro passo é uma boa ideia, a equipe, espaço e tempo e a atenção do alto escalão", disse ele no 3º Meeting de Inovação − A Inovação além do Plano de Negócios, promovido pelo Sistema FIERGS, por meio do IEL-RS e Senai-RS. "Os líderes devem comunicar a necessidade de inovação, o que vai gerar ideias", lembrou. Neste sentido, destacou a importância de se investir em conceitos. "Use tendências, necessidades, modelos de negócios e combinações únicas", aconselhou.

Patel, que coordena o Desafio Global de Inovação Social do ex-presidente norte-americano Bill Clinton e é fundador e diretor-executivo da consultoria IXL Center, salientou ainda que ao pensar em um produto inovador é preciso que, além da necessidade, se questione "em quatro anos ele ainda será necessário?". "Outro ponto que deve ser levado em consideração é a concorrência. Um produto inovador copiado, acaba tendo que baixar seu preço", ressaltou. Conforme ele, para que isso não aconteça é preciso ser rápido na produção e ter formas de fidelizar o cliente, com um diferencial.

"Uma equipe multifuncional e que tenha pessoas com boas redes de relacionamento também são pontos importantes para os momentos de solução de problemas", acrescentou. O consultor também explicou que reuniões regulares com gestores devem ocorrer. "O CEO tem que agir como facilitador e não como juiz, pois a tendência é repetir o processo várias vezes até chegar ao caminho correto", disse. Também comentou que as tomadas de decisão devem ser rápidas. "Em geral, os gerentes devem dar espaço para a inovação e para a experiência".

Conforme ele, a gestão de um projeto deste tipo é muito diferente de um projeto normal. "Aqui se aprende fazendo. Não se pode ficar preso em salas de conferência e laboratórios e é preciso estar aberto para parcerias para obter novas competências", afirmou.

Publicado quarta-feira, 16 de Abril de 2014 - 0h00