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FIERGS diz que CPMF pode acabar já

Para a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, a CPMF pode ser extinta hoje. A afirmação do presidente da FIERGS, Paulo Tigre, foi feita na reunião-almoço realizada nesta segunda-feira (13) e que marcou os 70 anos da entidade. Ele explicou que se o Governo Federal fixar sua despesa no patamar de 2002, isto é de 15% do PIB, economizará R$ 49 bilhões por ano. "Este valor é maior do que a previsão dos recursos da CPMF para 2007 − de R$ 35 bilhões − e significa cortar as despesas em dois pontos percentuais na relação com o PIB, passando dos 17% de 2006 para os 15% de 2002", afirmou. Tigre destacou ainda que o momento é de definição: "ou teremos um sistema tributário a favor do desenvolvimento, ou ficaremos sustentando custos de produção interna muito acima dos nossos concorrentes internacionais", disse ele, que recebeu o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro Neto, no evento.

"É uma contribuição de má qualidade, que penaliza especialmente os setores de mais baixa renda", salientou o presidente da CNI sobre a CPMF. Segundo Armando Monteiro Neto, os dados divulgados recentemente sobre o desempenho da arrecadação federal indicam que há espaço para uma "desoneração ampla" e para, num primeiro momento, a imediata redução de sua alíquota. A proposta da CNI é de baixar a alíquota de 0,38% para 0,20%, ainda em 2008, e a partir daí definir-se um cronograma para sua extinção em até três anos. A CPMF foi criada em 1997 com uma contribuição provisória sobre a movimentação financeira, mas acabou virando permanente, com sucessivas prorrogações.

A governadora Yeda Crusius afirmou que o seu governo está empenhado em buscar soluções para as dificuldades do Estado e para promover o desenvolvimento do setor fabril. "Eu estarei sempre junto às indústrias para celebrar os bons resultados, como hoje, e para discutir soluções para as dificuldades". Garantiu ainda que o déficit estadual, de R$ 2 bilhões, será zerado em três anos. Também estiveram presentes na reunião-almoço dos 70 anos da FIERGS os ex-presidentes da entidade Paulo Vellinho, Sérgio Shapcke, Luiz Carlos Mandelli, Dagoberto Lima Godoy e Renan Proença.

Ordem do Mérito Industrial

Durante o encontro, foram entregues as Ordem do Mérito Industrial da CNI, post mortem, aos familiares dos industriais José Portella Nunes e Guido Mário DÁrrigo.

José Portella Nunes nasceu no Rio de Janeiro em 1924. Fundador da Construtora Sultepa SA, criou em 1980 o Sindicato da Indústria da Construção de Estradas, Pavimentação e Obras de Terraplanagem em Geral do Rio Grande do Sul, juntamente com outros industriais, e presidiu a entidade até 1986. Hoje o Sicepot congrega mais de 96 empresas.

Guido Mário D´Arrigo nasceu em Garibaldi em 1928. Entre seu crescimento profissional e contribuição para a indústria nacional destacou-se quando convidado pelos sócios da então Indústria Eletrolux Ltda, hoje Intral S/A − Indústria de Materiais Elétricos para o cargo de Gerente Geral. Foi assim que, como timoneiro, conseguiu levar avante a empresa com apoio e dedicação de seus pares.

Balcão Ambiental é inaugurado

Foi inaugurado hoje (13) o Balcão Ambiental, uma parceria do Sistema FIERGS, Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema) e da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam). O Balcão, com sede na FIERGS, foi criado para ser um facilitador no encaminhamento dos pedidos de licenciamento ambiental do setor industrial, oferecendo orientações e suporte técnico nesse processo.

A cerimônia contou com a presença dos presidentes da FIERGS, Paulo Tigre, da CNI, Armando Monteiro Neto, do secretário estadual de Meio Ambiente, Carlos Otaviano Brenner de Moraes, e da diretora presidente da Fepam , Ana Pellini, e do coordenador do Conselho de Meio Ambiente da FIERGS, Torvaldo Marzolla Filho.

Publicado segunda-feira, 13 de Agosto de 2007 - 0h00