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Industriais gaúchos apontam principais problemas enfrentados no encerramento de 2014

O principal problema enfrentado pela indústria gaúcha no quarto trimestre de 2014 foi a elevada carga tributária (57,9% das respostas), seguida pela falta de demanda (50,5%) e competição acirrada de mercado (39,3%). O resultado da Sondagem Industrial da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) foi divulgado, nesta terça-feira (27), pelo presidente da entidade, Heitor José Müller. “A alta carga tributária é um elemento que afeta todas as indústrias do Estado. As medidas de aumento de impostos e contenção na demanda agravam o cenário. Os empresários, por sua vez, sem encontrar meios para superar essas questões, projetam maiores dificuldades em 2015”, afirmou. 
 
O desaquecimento econômico tem pressionado a margem de lucro do setor industrial, que, pela medição do índice de satisfação, foi de 38,4 pontos, bem abaixo da linha de 50 pontos que divide as avaliações positivas das negativas. A insatisfação ficou mais intensa entre os menores portes de empresa: grandes (40,4 pontos), médias (36,3 pontos) e pequenas (36,7 pontos). Também foram consideradas ruins as condições financeiras das indústrias (45,7 pontos). Em relação aos preços das matérias-primas, o indicador médio atingiu 64,5 pontos, nesse caso, acima dos 50 pontos demonstra aumento no custo, atingindo 56,8% das empresas.
 
Para os próximos seis meses, a indústria gaúcha mantém a indicação de demanda estagnada (50,1 pontos) e intenciona diminuir as compras de matérias-primas (49,4 pontos) para adequá-las às projeções de redução das vendas de produtos e serviços. O emprego também ficou abaixo da linha divisória dos 50 pontos. Das empresas entrevistadas, 29% pretendem reduzir os postos de trabalho e 13,5%, aumentá-los. Os demais disseram que vão apenas manter as atuais contratações. Apenas a expectativa futura com as exportações registrou índice positivo (54,4 pontos).
 
A Sondagem Industrial varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 pontos significa maior otimismo e abaixo indica pessimismo. O levantamento foi realizado com 210 empresas, sendo 51 pequenas, 79 médias e 80 grandes.

 

Publicado Terça-feira, 27 de Janeiro de 2015 - 14h14