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Industriais gaúchos projetam queda na demanda e no emprego

A perspectiva para os próximos seis meses deverá ser de continuidade do quadro recessivo do setor industrial. Segundo os empresários, é esperada uma queda na demanda (47,6 pontos), a pior avaliação em cinco anos. As projeções apontam retração para o emprego (45,9 pontos). A proporção de empresas com intenção de demitir (28,6%) ultrapassa a parcela daquelas que projetam contratar (13,5%). O cenário futuro das compras de matérias-primas e para as exportações manteve a mesma tendência negativa: 45,5 pontos e 46,6 pontos, respectivamente. “A sequência de resultados ruins e a baixa expectativa de retomada tornaram o ajuste no quadro funcional, adiado o máximo possível pelas empresas, inevitável”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao comentar a Sondagem Industrial do RS, realizada pela entidade. 
 
Quando o momento atual é avaliado, apenas a produção apresenta avanço (51,2 pontos) em outubro na comparação com setembro. No entanto, o desempenho desse indicador está abaixo da média de 54,0 pontos para o período, conforme registrada nos últimos cinco anos. Já a fragilidade do setor ficou demonstrada pela sexta queda seguida do emprego (46,6 pontos), pela ociosidade da capacidade instalada usual (42,0 pontos) e pelo excesso de estoques de produtos finais (52,3 pontos). 
 
Desenvolvida mensalmente pela FIERGS, a Sondagem Industrial RS varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima de 50 pontos significa maior otimismo e abaixo indica pessimismo. Apenas a variável de estoques em comparação ao planejado é avaliada como negativa acima dos 50 pontos.
Publicado quinta-feira, 27 de Novembro de 2014 - 14h14