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Industrial gaúcho adota a cautela em 2013

O industrial gaúcho reduziu seus investimentos no ano passado e entende que a atual capacidade instalada em sua empresa é suficiente para atender a demanda prevista para 2013. A avaliação está na pesquisa Investimentos na Indústria do Rio Grande do Sul 2012, divulgada nesta quarta-feira (20), pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). Em 2012, 81,3% das empresas do Estado realizaram investimentos, o menor percentual em três anos, sete pontos abaixo de 2011 e 2010. "A incerteza econômica, mais uma vez, foi o maior obstáculo, juntamente com a demanda insuficiente e a capacidade ociosa. Isso determinou uma redução na proporção de empresas que investiram", analisa o presidente da FIERGS, Heitor José Müller. O custo e a dificuldade na obtenção de créditos e financiamentos também foram citados e pesaram na decisão dos empresários frearem seus investimentos.

O percentual de empresas (59,1%) que conseguiram em 2012 realizar os projetos como estava planejado é superior ao obtido em 2011 (53,9%) e menor do ano de 2010 (63,4%), quando a economia brasileira, recuperando-se da crise de 2008, cresceu 7,5%. A maior parcela dos investimentos (65,7%) realizados destinou-se à continuação de projetos anteriores.

A cautela será a tônica entre os empresários em 2013, embora a intenção de investimento entre os entrevistados (82,2%) alcance um percentual maior do que o efetivado em 2012. Segue, porém, bem inferior aos dois anos anteriores. Para financiar seus projetos, todavia, os empresários industriais gaúchos esperam acesso facilitado e uma maior participação das instituições oficiais de fomento na liberação de crédito. O objetivo é diminuir para 44% o uso de recursos próprios, que em 2012 alcançou 60%.

Com um cenário externo desfavorável, forte concorrência com estrangeiros e capacidade instalada suficiente para atender à demanda prevista, os investimentos em 2013 ganharão mais ênfase na busca por competividade. Para isso, o setor pretende focar, especialmente, na melhoria do processo produtivo e na introdução de novos produtos. Terá como alvo prioritário, novamente, o mercado doméstico. Segundo os empresários pesquisados, a maior parte do investimento previsto para 2013 (58%) deverá ser direcionada à continuação de projetos anteriores, e o restante (42%), para novos planos.

Publicado quarta-feira, 20 de Fevereiro de 2013 - 0h00