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Líderes e representantes de entidades empresariais do Vale do Rio Pardo apresentaram, nesta quinta-feira, os principais obstáculos para o desenvolvimento da região e debateram formas de enfrentar a crise econômica. O encontro foi realizado na sede do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (Sinditabaco), em Santa Cruz do Sul. O presidente da entidade, Iro Schünke, apresentou o Programa Crescer Legal, pioneiro no setor agrícola para a erradicação do trabalho infantil, uma ação conjunta com empresas associadas e a Associação dos Fumicultores do Brasil (Afubra). “O objetivo é conscientizar os produtores integrados e a sociedade da importância da educação e qualificação das crianças e jovens do meio rural, com projetos sociais no âmbito da educação e do lazer”, explicou. 
 
A falta de investimentos nas estradas gaúchas, o déficit nas contas públicas, o aumento de impostos e o descaso com a segurança pública foram os principais assuntos destacados. Os empresários pediram que a FIERGS seja firme no elo de articulação do setor empresarial com os parlamentares e governos. “Manter e articular a relação com os poderes é um grande desafio e a FIERGS tem oferecido propostas para a recuperação e o desenvolvimento do Estado”, destacou o vice-presidente regional do CIERGS no Vale do Rio Pardo, Flavio Haas.  
 
A preocupação com o corte em recursos do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e do Serviço Social da Indústria (Sesi), que faz parte das propostas do governo federal, também foi manifestada na reunião. A medida prevê uma redução de 30% dos recursos repassados ao Sistema S, restringindo a atuação do trabalho desenvolvido pelas entidades. “Esse cenário nos faz trabalhar ainda mais na busca de alternativas e novas formas de prestar nossos atendimentos, que são em grande parte gratuitos para o trabalhador da indústria e seus dependentes. Levamos nosso serviço onde está a necessidade porque assim é mais eficiente”, afirmou o diretor-superintendente do Sesi-RS, Juliano Colombo. “Precisamos investir em Educação para resgatar valores e trabalhar a formação de cidadãos com capacidade”, defendeu. 
 
O diretor-regional do Senai-RS, Carlos Trein, destacou a necessidade de preparar mão de obra para atender o futuro tecnológico da indústria, a chamada Indústria 4.0, cujos sistemas de produção se comunicam uns com os outros para aumentar a eficiência e reduzir custos. “Queremos uma indústria cada vez mais competitiva e trabalhamos sempre nos questionando como será o profissional que precisamos formar dentro dessa realidade”, afirmou. 
 
No último ano, o Senai registrou 200 mil matrículas em Educação Profissional, mais de 214 mil horas em serviços de tecnologia e inovação para quase 7 mil empresas. Já o Sesi teve 116 mil matrículas em Educação Básica Continuada, atendeu mais de 200 mil trabalhadores em saúde e 7 mil indústrias. Encerrando as atividades, foi realizado um jantar na sede do Sinditabaco, no Parque da Oktoberfest, onde até o dia 18 de outubro acontece a 31ª edição da Feira.
 
Foto: Dudu Leal 
 
 
 
 
Publicado sexta-feira, 9 de Outubro de 2015 - 15h15