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Mercado interno sustenta otimismo para 2011

A atividade da indústria gaúcha foi menor no último trimestre de 2010, na comparação com o anterior, segundo a Sondagem Industrial realizada pela FIERGS. A diminuição do ritmo foi puxada pela produção e pelo emprego. Apesar dessa desaceleração, avaliada como sazonal, as condições financeiras das empresas permaneceram boas (56,8 pontos), o acesso ao crédito foi considerado normal (50 pontos) e as margens de lucros satisfatórias (50 pontos). Para os entrevistados, as expectativas são positivas para o primeiro semestre de 2011 devido ao dinamismo do mercado interno. Numa escala de 0 a 100 pontos, acima de 50 pontos significa uma evolução positiva e inferior é negativa.

O emprego (52 pontos) cresceu no quarto trimestre, mas não manteve a mesma velocidade em relação ao terceiro trimestre anterior (54 pontos). A maioria das empresas (67,5%) não alterou seu quadro funcional, 20,6% ampliaram as contratações e 10,3% reduziram. Dezembro registrou isoladamente os maiores desaquecimentos do último trimestre, quando a produção caiu (43 pontos) e a utilização da capacidade instalada ficou um pouco abaixo da usual para o mês (49 pontos). Os estoques finais estiveram acima do planejado e, por isso, avaliados de forma negativa. Para 56,3% dos entrevistados, o principal problema enfrentado no período foi a elevada carga tributária, seguido pela competição acirrada do mercado externo (47,6%), taxa de câmbio (31,7%) e falta de mão de obra qualificada (29,4%).

Em relação às expectativas com o primeiro semestre deste ano, apenas para a exportação é esperada uma maior dificuldade (48,9 pontos). Já a demanda é projetada com elevação (58,8 pontos), dessa forma apenas 5,6% dos pesquisados acreditam na queda das suas vendas. Para o mercado de trabalho (57,2 pontos), o aumento das contratações foi indicado por 27,2% dos entrevistados e a diminuição, por 4%.

Publicado quinta-feira, 17 de Fevereiro de 2011 - 0h00