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Novas tecnologias transformam perfil do negócio de energia

A geração distribuída de energia não é mais um projeto. Sem depender exclusivamente das grandes companhias estatais ou privadas, consumidores de todos os níveis – industriais, comerciais, rurais e até mesmo individuais – conseguem gerar seu próprio insumo a partir das novas tecnologias desenvolvidas. Mais do que isso: fontes renováveis estão no centro do movimento. Para esclarecer, entender e incentivar os processos que criam uma economia capaz de ser comparada a uma revolução, a Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), em parceria com o Instituto Senai de Tecnologia em Petróleo, Gás e Energia, o governo do Estado e o Sebrae-RS, realiza o I Fórum de Geração Distribuída de Energia com Fontes Renováveis no RS. O evento será em 15 de agosto, na sede da FIERGS (Avenida Assis Brasil, 8787). As inscrições são gratuitas e as vagas, limitadas, e podem ser realizadas pelo endereço https://goo.gl/kM1d1W, pelo qual também poderá ser conferida a programação completa do evento.


Entre as fontes renováveis com maior visibilidade no mercado atual, a força dos ventos se destaca. O índice de crescimento da energia eólica no Brasil bateu na casa dos 30% em um ano (janeiro a abril de 2016 comparado ao mesmo período em 2017). Ainda que seja um dado coletado sobre usinas estabelecidas no País, o tema merece a atenção que vem tendo. Até o final de abril de 2017, havia 414 usinas eólicas em operação comercial no Brasil. As informações são da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). 

O Rio Grande do Sul figura na terceira posição entre os Estados com maior geração do Brasil, atrás do Rio Grande do Norte e da Bahia. O Ministério de Minas e Energia prevê que, até o ano de 2030, 2,7 milhões de unidades consumidoras poderão gerar sua própria energia de forma total ou parcial. Indústrias, residências, comércios e propriedades rurais poderão ser considerados como geradores de energia. Diante da significativa redução de custos para investimentos, os consumidores vislumbram as vantagens de terem suas próprias instalações e produções, podendo, inclusive, compartilhar no sistema nacional o excedente não consumido.

Cadeia produtiva local, potencial de desenvolvimento e startups
A programação do Fórum, no dia 15 de agosto, inclui um debate inicial, que é o potencial para criação de uma cadeia produtiva local. Especificamente no Rio Grande do Sul, atividades que integram diversos segmentos de indústrias, como metalmecânico, metalurgia, eletroeletrônico, veículos e equipamentos de transporte, sistemas de automação e controle, máquinas e equipamentos apresentam condições para sustentar um polo produtivo referencial em muito pouco tempo. Universidades e seus parques tecnológicos integrados às empresas já se tornaram centros de inovação, troca de ideias, startups de alto rendimento e bons resultados.

A iniciativa de realização do Fórum de Geração Distribuída de Energia com Fontes Renováveis no RS tem o objetivo de incentivar a ampliação dos investimentos nesta área, buscando a convergência entre uma legislação que estimule a produção, reduza os preços da energia, gere mais confiabilidade ao sistema elétrico e ganhos importantes na perspectiva ambiental. 
 

Publicado quarta-feira, 26 de Julho de 2017 - 12h12