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Os desafios para 2015 foram debatidos no Dia do Empresário da Indústria do Vale dos Sinos

O Dia do Empresário da Indústria do Vale dos Sinos, uma iniciativa do Programa de Desenvolvimento Associativo da Confederação Nacional das Indústrias (CNI) e realizado no Estado pela FIERGS, reuniu nessa quinta-feira, em Novo Hamburgo, empresários da região. “Os sindicatos são a origem, a razão de ser e o objetivo maior da Federação das Indústrias. O que nos move, nesta ocasião, também é a certeza de que as palestras e a troca de ideias dos participantes terão impactos muito positivos nos empreendedores aqui reunidos. Isto porque precisamos estar preparados para 2015”, destacou o presidente do Sistema FIERGS, Heitor José Müller, na abertura do evento.
 
De acordo com Müller, além de projetar o novo ano, é preciso administrar “algumas heranças infelizes”. Um delas, salientou, é o reajuste de 16% do Piso salarial Regional. ”Somos favoráveis a bons salários, mas que representem um poder aquisitivo real, calculado pelo aumento da produtividade. O que não aceitamos é o artificialismo de medidas que vão contra o trabalhador, já que são inflacionárias e capazes de aumentar os índices de desemprego. Não queremos que o Rio grande do Sul seja um deserto de empresas. Se for assim, não teremos empregos nem renda. Se for assim, os trabalhadores gaúchos terão que procurar vagas em outros Estados, especialmente naqueles 22 que não praticam o salário regional”, alertou. “É a nossa união que nos permitirá instituir um novo ciclo no Brasil e no Rio Grande do Sul. Um ciclo de prosperidade sustentada. Um novo ciclo em que todos os dias sejam dias do empreendedor”, afirmou.
 
O evento contou ainda com o talk-show "Crédito e Fomento", mediado pelo diretor da FIERGS Thômaz Nunnenkamp, com a participação de representantes dos seguintes bancos: BRDE, Badesul - Agência de Fomento
Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
 
Outro destaque foi a palestra da economista da FIERGS Thais Waideman Niquito, que abordou os cenários da conjuntura econômica nacional. Entre os principais desafios do Brasil para os próximos anos está o de encontrar meios para a retomada do crescimento da indústria. Também disse que reestabelecer o equilíbrio macroeconômico é fundamental para a recuperação da confiança e dos investimentos. “Em 2015, a indústria enfrentará um cenário bastante adverso, com juros mais elevados e crédito escasso. Esse cenário tende a ser amenizado, pelo menos em parte, por um crescimento menos intenso dos custos, por um câmbio mais desvalorizado e pela possibilidade da recomposição, ainda que parcial, dos preços industriais”, analisou.
 
O Dia do Empresário da Indústria também contou com o apoio do SinmaqSinos, Sinduscon-NH, Sicergs, SIC-EV,  SIC-Portão SindartCouro NH e SIC-NH. Os principais objetivos do Programa de Desenvolvimento Associativo são estimular o associativismo; identificar dificuldades e desafios comuns, promovendo a atuação coletiva; e apresentar alternativas que promovam maior competitividade das indústrias, com o apoio de sua representação empresarial.
Publicado sexta-feira, 28 de Novembro de 2014 - 10h10