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O Sindicato das Indústrias Químicas no Estado do Rio Grande do Sul (Sindiquim-RS) promoveu, na terça (10) e quarta-feira (11), na sede do Sistema FIERGS, a 1ª Feira de Fornecedores da Indústria Química do RS (FFIQUI), reunindo profissionais, fornecedores e representantes de empresas da química e da área de suprimentos de produção.

Com 24 expositores, o evento teve como objetivo fortalecer a cadeia produtiva da química, criar oportunidades de parcerias e fomentar o desenvolvimento do setor no Estado. A programação incluiu palestras técnicas, rodadas de negócios, exposição de marcas, painéis sobre inovação e sustentabilidade e espaços de networking.

"Esta primeira edição superou as nossas expectativas, tanto enquanto sindicato quanto como expositores e participantes. O evento proporcionou um networking qualificado, promovendo o reencontro presencial entre clientes e fornecedores, algo cada vez mais raro em tempos de comunicação remota. Para o Rio Grande do Sul, que ainda não contava com uma feira com essa visibilidade e esse alcance, reunir tantas indústrias em um mesmo espaço foi um verdadeiro êxito", comemora o presidente do Sindiquim-RS, Newton Battastini. O resultado foi tão positivo que já está confirmada a segunda edição da FFIQUI para os dias 4 e 5 de maio de 2027.

Um dos destaques do evento foi a apresentação da estrutura do Polo Integrado da Química do Rio Grande do Sul. Localizado entre os municípios de Montenegro e Triunfo, o polo nasceu dentro do Sindiquim-RS durante o governo de José Ivo Sartori, a partir de uma articulação entre o setor produtivo e o poder público. Desde então, a iniciativa vem sendo ampliada e, no governo Eduardo Leite, incorporada a um plano de Estado, como forma de acelerar o desenvolvimento.

Instalado em uma área de 700 hectares, o polo já conta com três empresas em operação – Hipermix, do segmento de concreto, Sulboro, de fertilizantes, e a Traçado, de asfalto.  Agora, com o apoio do Investe RS e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o foco é atrair novos projetos e investimentos para ampliar a presença da indústria química na região. “O Estado reúne todas as condições para isso, em termos de infraestrutura, tecnologia, área disponível e posicionamento estratégico, sendo o coração do Mercosul”, destaca Battastini. A expectativa é de que, até a edição de 2027, mais fábricas estejam instaladas na área. 

O secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico do Estado, Derly Fialho, presente na abertura da feira, também ressaltou a importância estratégica do Polo Integrado da Química. “Temos que conectar todos os ‘atores’ do setor para que esse polo seja uma associação entre indústria e governo, criando uma agenda unificada”, afirmou.

A programação técnica contou com cerca de 20 palestras, ministradas por profissionais indicados e trazidos pelas empresas expositoras, todos reconhecidos em suas áreas de atuação. Segundo Battastini, o conteúdo técnico foi essencial para ampliar o valor agregado do evento. “As palestras também incentivaram a participação ativa das áreas de Pesquisa e Desenvolvimento das empresas, o que ampliou o impacto e a relevância da feira”, reforça.

Apoio do Sistema FIERGS

A 1ª FFIQUI contou com o apoio do Programa de Apoio a Projetos Sindicais (Prosind), promovido pelo Sistema FIERGS e operacionalizado pela Unidade de Desenvolvimento Sindical (Unisind). O Prosind é uma das iniciativas que reforçam os compromissos assumidos pela gestão do presidente Claudio Bier, com foco na competitividade industrial e no desenvolvimento do Rio Grande do Sul. A ação está alinhada à atuação da entidade em nome das cerca de 52 mil indústrias gaúchas que representa. 

Dados do setor

Segundo estudo divulgado recentemente pelo Departamento de Economia e Estatística (DEE) do Estado, que cobre o período de 2002 a 2023, no Rio Grande do Sul, a indústria química representa 9,3% da transformação industrial, sendo a segunda maior entre os Estados, atrás apenas de São Paulo. Ainda conforme o levantamento, em 2023 o RS foi o segundo Estado que mais exportou produtos químicos, totalizando US$ 1,3 bilhão – o equivalente a 11,2% das exportações nacionais do setor. Apesar disso, o Estado registrou uma queda contínua nessa participação desde 2013, reflexo da perda de competitividade e do avanço das importações. 

No mesmo ano, a indústria química gaúcha gerou 18.762 empregos formais, com concentração nos municípios de Rio Grande, Triunfo e Porto Alegre, que juntos responderam por 36,4% dos postos de trabalho no setor. Os principais geradores de emprego são os segmentos de fabricação de fertilizantes, resinas e petroquímicos básicos, concentrados em complexos como o Polo Petroquímico de Triunfo.

quinta-feira, 12 de Junho de 2025 - 14h14

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