“Nos últimos cinco anos, conseguimos realizar apenas duas edições completas. Tivemos duas suspensões pela pandemia e, em 2024, fomos atingidos pela catástrofe climática. Ainda assim, mantivemos o evento com 95% dos expositores presentes”, destaca Orlando Sebastião Klein, gestor geral da Associação Pró-desenvolvimento do Município de Soledade (Aprosol) e coordenador da Exposol. “Agora, em 2025, estamos em uma nova retomada, com todos os espaços comercializados, estrutura reforçada e programação consolidada”, comemora.

Com uma área total de 215 mil metros quadrados, a edição de 2025 contará com feiras temáticas dos setores de Pedras Preciosas, Indústria, Comércio e Serviços; Máquinas e Implementos Agrícolas; Inovação e Sustentabilidade; Agricultura Familiar; Artesanato e Floricultura; Pecuária de Corte, Leite e Ovinos; além de uma mostra de Automóveis Novos e Seminovos.
 

Feira Internacional de Joias é destaque

Entre as atrações, a Feira Internacional de Joias e Pedras Preciosas segue como carro-chefe do evento. Coordenada pelo Sindicato das Indústrias de Joalheria, Mineração, Beneficiamento e Transformação de Pedras Preciosas do RS (Sindipedras-RS), ela é considerada a maior da América Latina no segmento.

“A expectativa do nosso setor esse ano é bem positiva com a Exposol. Com a retomada dos aeroportos, das estradas e pontes, esperamos um aumento no fluxo de visitantes. Além do público gaúcho, recebemos visitantes de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina”, afirma Gilberto Bortoluzzi, presidente do Sindipedras-RS.

A edição também deve atrair compradores internacionais, com destaque para o Mercosul, Estados Unidos e China. Cerca de 95% do que é produzido pelo setor no Brasil é exportado, com uma grande concentração entre Estados Unidos e China, que se revezam no topo do ranking. 

Apesar do otimismo com o evento, Bortoluzzi chama atenção para os desafios enfrentados pelo setor, principalmente em relação à taxação e as incertezas no mercado norte-americano. “São temas que estão no nosso radar”, afirma. “Estamos vivendo uma crise acentuada, com instabilidade no mercado internacional e incertezas que afetam diretamente nossos clientes. Muitos estão cautelosos quanto a preços e contratos. A Exposol será uma oportunidade de refletir e buscar alternativas”, completa. 
 

Segundo Bortoluzzi, um dos grandes diferenciais do evento é a diversidade de aplicações das pedras preciosas, que vão muito além da joalheria: vestuário, calçados, decoração, mobiliário e até usos terapêuticos fazem parte das novidades apresentadas pelos expositores a cada edição.

Diante do cenário de retomada, o evento se consolida como vitrine para negócios, inovação e conexão entre os setores produtivos da região e do Brasil. “Reforço meu convite para que todos visitem Soledade neste período. A Exposol é mais do que uma feira: é um espaço de reencontros, oportunidades e crescimento”, finaliza Bortoluzzi.