Já o presidente que repassa o comando, Júlio Kirchhof, relembra momentos de sua gestão de mais de uma década. “Assumi o Simmmae em 2011 – depois de 24 anos de fundação nos quais o Sindicato só se dedicou à negociação coletiva. Compreendo que essa é a principal missão de um Sindicato, mas entendo também que se pode trabalhar para o desenvolvimento das empresas associadas. E foi nesta linha que trabalhamos durante os últimos 12 anos”, ressalta Kirchhof. 

Ele relata a aprovação em dois editais do governo do Estado, e a criação do APL Metal Centro. “Com o APL constituído, foi realizado um diagnóstico para entender qual era a necessidade dos participantes. Em um segundo momento, foi feito um plano de desenvolvimento do APL, que, pelo diagnóstico, concluiu que o caminho mais comum para as empresas era produzir para o agronegócio. Para atender a este objetivo, o Simmmae promoveu a participação dos associados em feiras previamente selecionadas, com a finalidade de buscar novos mercados”, detalha. “Deixo aqui também meu pedido para os empreendedores mais jovens em relação ao associativismo: unam-se às lideranças mais antigas e, com isso, além de oxigenar as entidades, trazer novas percepções e tecnologias, modernizem a gestão – sejam elas sindicais ou associativas”, finaliza.
 

Nova identidade

A última ação da gestão anterior foi o desenvolvimento de uma nova identidade visual para a entidade, apresentada na última reunião ordinária. Criada pela empresa Zaveo Design Estratégico, a nova marca foi desenvolvida com o objetivo de atingir um público mais jovem para o Sindicato, comunicar de forma mais assertiva o que a entidade faz, oferecer um melhor posicionamento em feiras e eventos, entre outros pontos. “Ser percebida como uma entidade mais atual e relevante”, explica o proprietário da Zaveo, Giuliano Cogo, responsável pela criação da identidade do Simmmae. 
 

Fala presidente

Confira as respostas a três perguntas do blog da Unisind para Leonardo Kozoroski Veiga, novo presidente do Simmmae: 

1- Quais os planos da nova diretoria para esse mandato? 
Primeiramente, não poderíamos deixar de parabenizar e agradecer ao presidente Júlio Kirchhof pelo excelente trabalho à frente da entidade por mais de 10 anos. Neste período, liderou o Simmmae com sabedoria e humildade, conduzindo as pautas dos associados com maestria e perseverança, superando os mais diversos obstáculos, especialmente, nos últimos anos com as mudanças na legislação trabalhista e da pandemia. Quanto aos planos futuros, além ampliar a base de associados, esperamos poder reativar o nosso APL Metal Centro e prosseguir contribuindo com a indústria de Santa Maria, por meio da capacitação dos gestores industriais, do aprimoramento da mão de obra e da busca por parcerias estratégicas.  

2- Quais os principais desafios do setor atualmente? 
Os desafios são muitos, mas o principal acho que é competir globalmente, num ambiente desfavorável, com forte burocracia estatal, escassez de profissionais qualificados, sob taxas de juros altíssimas e sem uma política clara de desenvolvimento industrial. 

3- Na sua visão, qual a importância do associativismo para as indústrias? 
O associativismo é importante em todos os setores, na indústria especialmente, diante da complexidade dos processos fabris e das inúmeras dificuldades advindas do mercado e do próprio Estado brasileiro. Atualmente, nossas maiores demandas vem das deficiências do setor público, da sua burocracia e incapacidade em dar respostas na velocidade que o mundo moderno nos impõe. Nesse sentido, o associativismo pode fazer toda a diferença na hora de buscar soluções e respostas mais ágeis junto aos governos em todas as esferas.