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Após 18 anos sob o comando de Iro Schünke, o Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco) tem um novo presidente para a gestão 2024-2027. O empresário Valmor Thesing assumiu o comando da entidade na última terça-feira (22).

Ele ressaltou a importância do trabalho realizado por seu antecessor e comentou sobre o futuro do SindiTabaco.

“É uma honra ter sido eleito para representar um sindicato com a envergadura e os feitos do SindiTabaco, resultado do trabalho do meu antecessor e dos profissionais experientes e capacitados que atuam para o funcionamento das iniciativas, juntamente com o apoio das empresas associadas”, frisou.

Segundo o novo presidente da entidade, a gestão 2024-2027 deseja dar continuidade ao trabalho realizado pelo SindiTabaco nos últimos anos. “Tive a oportunidade de estar ao lado do Iro nos últimos quatro mandatos como vice-presidente. Agradeço o apoio durante todos estes anos, especialmente neste período de transição”, disse Thesing que também assumirá a presidência do Instituto Crescer Legal, criado e mantido por empresas do setor do tabaco para combater o trabalho infantil nas regiões rurais e proporcionar aos jovens do campo uma nova visão sobre suas perspectivas de vida. 

Natural de Santa Cruz do Sul (RS), formado em Economia, pela UNISC, e Técnico em Contabilidade, Thesing iniciou sua carreira no setor de tabaco na empresa Tabacos Brasileiros, atual Universal Leaf Tabacos Ltda. Com 40 anos de experiência no setor, trabalhou nas áreas de Contabilidade, Suprimentos e Logística, Recursos Humanos e Administrativo. “Quero também destacar o apoio da minha empresa, pelas oportunidades de crescimento e desenvolvimento pessoal e profissional ao longo desses 40 anos. Sinto-me preparado e consciente dos desafios que enfrentaremos, mas manteremos a postura resiliente, unida, engajada, alinhada e comprometida para superar os desafios inerentes ao setor. Precisamos fortalecer ainda mais o nosso Sistema Integrado de Produção de Tabaco, ampliar o trabalho para regulamentação dos DEFs no Brasil e minimizar a tentativa de aumento de impostos sobre cigarros, o que nos leva a outro grande desafio que é o combate ao mercado ilegal”, ressaltou.

Um pouco da gestão de Iro Schünke

Ao assumir o então Sindifumo, em 2006, Schünke instituiu gestões participativas que contaram com o engajamento das associadas por meio da criação de comissões e grupos de trabalho para a discussão dos temas de interesse das empresas. Outra marca de sua gestão foi a profissionalização da entidade, com a contratação de assessorias internas e terceirizadas, como comunicação, jurídica, eventos e de tecnologia da informação.

Já em 2008, uma mudança significativa: a alteração do nome para SindiTabaco mudou o DNA da entidade. “Ao longo dos anos, a missão da entidade segue firme: representar e defender os interesses comuns das associadas. Mas desde 2008, passamos a comunicar nossos feitos com muito mais ênfase e estabelecemos três pilares para a atuação do sindicato: assuntos regulatórios, sustentabilidade e visibilidade”, relembra.

Schünke também liderou a extensão da base territorial do sindicato que passou a interestadual em 2010 (exceto nos estados de SP, RJ e BA), momento em que o sindicato expandiu e fortaleceu a representação do setor do tabaco em diferentes fóruns, como no caso da FIERGS, onde participou ativamente da diretoria e de conselhos como o Codema, Concex, Contrab e Conagro.

O executivo também foi muito atuante na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, promovida pelo Ministério Agricultura, e teve um papel de articulação importante na Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), na Amprotabaco, junto aos principais representantes dos produtores, como Afubra e Federações dos Agricultores (RS, SC e PR), bem como com as Assembleias Legislativas, Câmara e Senado Federal. Teve também um importante papel na defesa do setor em audiências públicas preparatórias às Conferências das Partes (COPs) e junto a órgãos federais e estaduais. “Costumo dizer que o tabaco corre em minhas veias e a defesa desse setor pautou grande parte da minha vida”, comenta.

A área da sustentabilidade é, sem dúvida, a grande marca do executivo em seus anos à frente do SindiTabaco. Schünke liderou a entidade durante oacordo com MPT/RS em 2009 e MPT/Brasília, em 2011 (SC e PR), e levou a cadeia produtiva do tabaco a ser protagonista no combate ao trabalho infantil no meio rural. “A fundação do Instituto Crescer Legal, em 2015, foi o resultado de muitos anos de trabalho e tem sido inspiração para muitos setores agrícolas. É onde eu me realizo como pessoa, onde está o meu lado mais emotivo, porque me identifico muito com esses adolescentes”, diz Schünke que também deixa a presidência do Instituto Crescer Legal.
 

sexta-feira, 25 de Outubro de 2024 - 11h11

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