Um pouco da gestão de Iro Schünke
Ao assumir o então Sindifumo, em 2006, Schünke instituiu gestões participativas que contaram com o engajamento das associadas por meio da criação de comissões e grupos de trabalho para a discussão dos temas de interesse das empresas. Outra marca de sua gestão foi a profissionalização da entidade, com a contratação de assessorias internas e terceirizadas, como comunicação, jurídica, eventos e de tecnologia da informação.
Já em 2008, uma mudança significativa: a alteração do nome para SindiTabaco mudou o DNA da entidade. “Ao longo dos anos, a missão da entidade segue firme: representar e defender os interesses comuns das associadas. Mas desde 2008, passamos a comunicar nossos feitos com muito mais ênfase e estabelecemos três pilares para a atuação do sindicato: assuntos regulatórios, sustentabilidade e visibilidade”, relembra.
Schünke também liderou a extensão da base territorial do sindicato que passou a interestadual em 2010 (exceto nos estados de SP, RJ e BA), momento em que o sindicato expandiu e fortaleceu a representação do setor do tabaco em diferentes fóruns, como no caso da FIERGS, onde participou ativamente da diretoria e de conselhos como o Codema, Concex, Contrab e Conagro.
O executivo também foi muito atuante na Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Tabaco, promovida pelo Ministério Agricultura, e teve um papel de articulação importante na Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), na Amprotabaco, junto aos principais representantes dos produtores, como Afubra e Federações dos Agricultores (RS, SC e PR), bem como com as Assembleias Legislativas, Câmara e Senado Federal. Teve também um importante papel na defesa do setor em audiências públicas preparatórias às Conferências das Partes (COPs) e junto a órgãos federais e estaduais. “Costumo dizer que o tabaco corre em minhas veias e a defesa desse setor pautou grande parte da minha vida”, comenta.
A área da sustentabilidade é, sem dúvida, a grande marca do executivo em seus anos à frente do SindiTabaco. Schünke liderou a entidade durante oacordo com MPT/RS em 2009 e MPT/Brasília, em 2011 (SC e PR), e levou a cadeia produtiva do tabaco a ser protagonista no combate ao trabalho infantil no meio rural. “A fundação do Instituto Crescer Legal, em 2015, foi o resultado de muitos anos de trabalho e tem sido inspiração para muitos setores agrícolas. É onde eu me realizo como pessoa, onde está o meu lado mais emotivo, porque me identifico muito com esses adolescentes”, diz Schünke que também deixa a presidência do Instituto Crescer Legal.
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