Você está aqui

O Vietnã está interessado em incrementar as relações comerciais com o Rio Grande do Sul. A parceria entre o Estado e o país asiático movimentou no ano passado US$ 193 milhões, um recuo de 57,7% na comparação com 2015. A recepção diplomática da delegação daquele país foi realizada pelo presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, nesta quinta-feira (13), em Porto Alegre.


“O Rio Grande do Sul é o segundo Estado do país com a maior diversidade de setores industriais”, afirmou Müller, destacando que para a abertura de mercados todas as nações devem interagir e atuar de forma mais proveitosa. A avaliação do presidente da FIERGS vai ao encontro das expectativas vietnamita. “Não estamos satisfeitos com a evolução comercial com o Brasil e o Rio Grande do Sul. Há lacunas na nossa cooperação econômica e comercial e podemos encontrar novas formas de acordos”, declarou o embaixador do país, Do Ba Khoa, que está fazendo uma série de visitas de prospecção no Estado. 

No ano passado, o Rio Grande do Sul exportou US$ 183 milhões para o Vietnã. Tabaco (24,85%), soja (23,2%) e cereais (19,4%) foram os principais produtos enviados. Em contrapartida, os gaúchos adquiriram US$ 10,1 milhões em produtos. Na cesta de compras, os principais itens foram a importação de peixes (23,5%), borracha (20,7%) e artigos de vidro (10,0%). 

De acordo com Do Ba Khoa, o governo vietnamita atua há 32 anos em um processo de renovação de infraestrutura, descentralização produtiva e eficiência econômica. “Há três décadas, o crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) é de 6,5%. No ano passado foi de 6,2%”, revela, ao detalhar as informações sobre o país.

Perfil
O Vietnã conta com uma força de trabalho de 55 milhões de pessoas, proveniente de 54 grupos étnicos. O setor agrícola representa 17% do Produto Interno Bruto (PIB), a indústria 39% e serviços 44%. Arroz, borracha, café, chá, cana-de-açúcar e a soja são os principais produtos agrícolas. Na indústria se sobressaem o processamento de alimentos, vestuário, sapatos e construção.
 

Publicado quinta-feira, 13 de Abril de 2017 - 15h15