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Um workshop sobre Investidores Anjo foi realizado na FIERGS nesta quarta-feira (22), para apresentar a lei 155/2016, que regulariza as ações deste tipo de parceria. A diferença básica entre um investidor anjo e o convencional é de que não há necessidade de ser pessoa jurídica para apoiar uma nova empresa. ”Uma startup pode estar vinculada a qualquer tipo de indústria, independentemente do seu porte ou setor. Esteja uma economia em crise ou em período de bonança, o investimento anjo assume franca ligação com novos negócios portadores de futuro, mantendo conexão transversal com diversos setores da indústria, comércio, agricultura e serviços, e auxiliando na melhoria da competitividade como um todo”, atestou o diretor do Centro das Indústrias do Rio grande do Sul (CIERGS), Aderbal Fernandes Lima, na abertura do evento.

Durante a tarde, palestras mostraram as vantagens, regras e limites que e nova regulamentação coloca a quem quiser tomar parte nessa nova modalidade de investimento. A premissa básica de que qualquer pessoa pode participar abriu também um grande número de questionamentos dos interessados durante a exposição do Conselho Técnico de Assuntos Tributários, Legais e Financeiros da FIERGS, em conjunto com a CMT Advogados. O próprio termo Investidor Anjo preenche uma lacuna, pois antes da lei não era possível designar a pessoa que aporta dinheiro em uma empresa sem ser sócia. Também delimita as funções deste investidor: ele pode sugerir, participar de reuniões, fazer networking, mas não exerce funções administrativas nem societárias, não tem direito a voto e não pode, por exemplo, demitir funcionários. É uma figura tida como “mentor” de processos. Mas há outras vantagens, como preferência na compra da sociedade, caso aconteça a venda. 

A ONG Anjos do Brasil também apresentou suas ações, compartilhando conhecimentos, experiências e oportunidades de negoìcios para Investidores anjos e empreendedores. Segundo Maria Rita Spina, diretora da ONG, “a palavra-chave é inovação, é o que buscamos com nosso trabalho nas startups”. De acordo com a diretora, o investidor anjo é uma fusão de dois tipos de pessoas: a que tem capital (um investidor tradicional) e a que acredita no valor agregado de um negócio. “Somos uma indústria de pessoas”, resumiu ela quanto à ONG, que tem um braço no Rio Grande do Sul.

 

Publicado quarta-feira, 22 de Março de 2017 - 17h17