A atividade industrial gaúcha voltou a se recuperar em abril, depois de uma queda de 1,2% na passagem de fevereiro para março: subiu 4,1%, na comparação com o mês anterior, descontados os efeitos sazonais. Parte desta forte retomada se explica pelo fato pouco comum de abril ter contado com 22 dias úteis, dois a mais do que março. "Apesar disso, há evidências de que o desempenho da indústria gaúcha continua em um ritmo moderado de crescimento", ressaltou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul, Heitor José Müller, ao comentar, nesta quarta-feira (5), o Índice de Desempenho Industrial do Rio Grande do Sul (IDI/RS), realizado pela entidade.
Müller destaca alguns pontos que sinalizam evolução nos resultados do setor industrial no Estado: o primeiro deles é que abril registrou a oitava expansão em dez meses e o IDI-RS atingiu o maior nível do pós-crise 2008 na série dessazonalizada. Além disso, o seu avanço foi amparado pelo aumento de todos os indicadores; o emprego e a Utilização da Capacidade Instalada − que atingiu 84,3% em abril, o maior nível no período pós-crise de 2008 − cresceram pelo quarto mês seguido; e as horas trabalhadas na produção registraram a terceira ascensão consecutiva. "Esta evolução, contudo, não esconde um diagnóstico ainda desfavorável para a indústria. Vale lembrar que parte da expansão em 2013 é recuperação da recessão registrada no ano passado", disse o presidente da FIERGS.
Entre os componentes do IDI-RS que apresentaram elevação no mês, os destaques foram as compras de matérias primas (15,6%) e o faturamento (5,9%).
Resultados do ano - No acumulado de 2013, o resultado obtido entre janeiro e abril foi o melhor dos últimos três anos, com crescimento de 4,3%. A atividade se expandiu em 13 dos 17 setores considerados, especialmente em Veículos Automotores (9,9%), Máquinas e Equipamentos (9,2%) e Produtos de Metal (4,6%). Tiveram queda apenas os segmentos Têxteis (-5,1%), Impressão e Reprodução de Gravações (-5,1%) e Couros e Calçados (-0,6%).
