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Atividade industrial gaúcha recua em maio

A Atividade industrial gaúcha apresentou queda de 1,1% em maio, na comparação com abril, sem os efeitos sazonais. Com este resultado, o quarto negativo em 2012, o setor ultrapassa os dois anos de estagnação. "A situação é cada vez mais preocupante. Os estoques de produtos finais, por exemplo, nunca estiveram tão altos e já atingem 35% das empresas. Eles são consequências dos investimentos feitos e das expectativas de vendas, que não se confirmaram", avaliou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, nesta quarta-feira (4), ao divulgar o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) elaborado pela entidade.

Nessa base de comparação, cinco das seis variáveis desaceleraram: horas trabalhadas na produção (-1,7%), utilização da capacidade instalada (-1,3%), emprego (-0,6%), massa salarial (-0,9%) e compras de insumos e matérias-primas (-0,2%). Apenas o faturamento teve um avanço de 0,7%, mas não recuperou a forte redução de abril (-2,9%). Em relação a maio de 2011, o Índice de Desempenho Industrial registrou perdas de 2,3%.

Quando os cinco primeiros meses do ano são analisados, ante o mesmo período do ano passado, o setor industrial do Estado assinala uma retração acumulada de 0,9%. O desempenho foi impactado, em especial, pelo recuo nas compras totais (-7,1%), nas horas trabalhadas na produção (-2%) e no faturamento (-1,5%). Os piores índices registrados vieram dos setores de Vestuário e Acessórios (-12,5%), Produtos Têxteis (-6,3%), Tabaco (-6,1%), Químicos e Refino de Petróleo e Álcool (-5,7%), Borracha e Plástico (-5,7%) e Couro e Calçados (-2,7%).

Publicado quarta-feira, 4 de Julho de 2012 - 0h00