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Mesa-redonda da Ação Global debate desenvolvimento social

Empresários, setor público e ONGs discutiram o tema no Rio Grande do Sul

Desenvolvimento Social Local: Um Desafio para o Investimento Social Privado. Este foi o tema da mesa-redonda realizada na tarde desta segunda-feira (17), no auditório da MK Indústria Química Ltda, em Portão (RS), promovida pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-RS), e que integra a programação da Ação Global no próximo sábado (22). O superintendente regional do Sesi, Edison Lisboa, lembrou que a discussão é uma verdadeira PPP (Parceria-Público-Privada). "Estamos aqui debatendo alternativas para encontrarmos saídas para a elevação da qualidade de vida", disse ele ao abrir o evento. A Ação Global é uma parceria da Rede Globo e do Sesi realizada anualmente e que agrega setor público, empresas e ONGs para oferecer serviços àquela comunidade. Este ano, será realizada no Centro Esportivo do Sesi (rua Uruguaiana, s/nº) em Portão, a partir das 9h.

O secretário da Justiça e do Desenvolvimento Social, Fernando Schuler, lembrou que o desenvolvimento social é uma estratégia para o combate à pobreza. Segundo ele, é preciso romper a dependência a programas de transferência de renda. "Deve-se ter uma abordagem mais complexa do problema social", disse Schuler, destacando que há poucos dias foi aprovada a Lei da Solidariedade na Assembléia Legislativa, que concede benefícios para empresas que investirem nesta área. "Os projetos devem ser emancipatórios e não de dependência dos beneficiados", salientou.

"De frente para um problema, o gestor de um país desenvolvido pede um estudo técnico para resolvê-lo. O de um país subdesenvolvido pede um parecer jurídico". Assim o coordenador Nacional de Desenvolvimento Sustentado e Meio Ambiente do Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Econômico e Social (IBDES), Millos Stringuini, definiu a importância do conhecimento na sociedade. "É preciso que o Brasil construa seu marco técnico (inteligência, ciência e tecnologia) para solucionar seus problemas definitivamente, e sem criar novos", disse ele.

O diretor presidente da Empresa Curtume Krumenauer e presidente do Sindicato das Indústrias de Curtimento de Couros e Peles de Portão, Flávio Krumenauer, também destacou a importância da educação. "A pior miséria que enfrentamos é a intelectual", lembrou. Krumenauer afirmou que começaria educando o gestor público, cuja maioria tem uma visão de curto prazo, apenas até a próxima eleição. "Com um mínimo de educação e conhecimento conseguimos evoluir", argumentou. O diretor presidente da AP Muller S/A, Paulo Muller, afirmou que o próprio setor de curtimento da região do Vale dos Sinos pode ser dividida entre antes e depois da escola do Senai de Estância Velha. "Que nos trouxe conhecimento, tecnologia e capacitação aos trabalhadores", destacou.

Publicado Terça-feira, 18 de Setembro de 2007 - 0h00