Na abertura do Sesi com@Ciência, evento que reúne mais de 11 mil estudantes e educadores na FIERGS até esta terça-feira (1º), o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Anderson Correia, destacou o plano de educação desenvolvido em Panambi, no Rio Grande do Sul, pelo Serviço Social da Indústria (Sesi-RS). O município não é apenas uma referência no País, mas tem seu modelo apresentado como uma proposta de formação de professores no site educapes.capes.gov.br.
Esse plano foi detalhado, nessa terça-feira (1º), durante o Sesi com@Ciência, pela secretária de educação de Panambi, Marlise Rodrigues, e pelas coordenadoras pegadógicas Angela Bresolin e Silvane Beber, no seminário Formação de Professores, mediado pela gerente da área de educação do Sesi-RS, Sônia Bier. Panambi está localizada no Noroeste do Estado, e é conhecida como Cidade das Máquinas, com 44.729 habitantes. Na rede municipal de ensino, são 12 escolas de Educação Infantil e 10 de Ensino Fundamental com 4.569 alunos e 398 professores.
Marlise contou que, desde 2017, quando assumiu a secretaria, percebia na cidade a intenção de fazer uma educação melhor do que já era. “Foi então que promovemos um encontro na Associação Comercial e Industrial (ACI) de Panambi para apresentar o Plano Municipal de Educação. A adesão dos empresários foi imediata e cinco indústrias – Bruning, Kepler Weber, Saur Equipamentos, Tromink e Focknink – se uniram ao projeto”, comemora.
O munícipio tem forte vocação industrial, mas as empresas não estavam contentes com a formação básica dos profissionais da cidade. “Ao longo dos últimos anos, percebemos um certo afastamento das indústrias com relação às instituições de ensino e acabou se criando um certo preconceito pela rede escolar de que o trabalho feito na indústria era muito braçal, com muita graxa, trabalho pesado, o que não é mais hoje em dia”, relata Angelin Adams, CEO da Bruning, uma das apoiadoras do plano. “O objetivo é formar cada vez mais os alunos, desde a base, para o desenvolvimento do município, o que é bom para a indústria e também para as pessoas, que poderão conseguir empregos melhores se estiverem bem preparadas”.