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Atividade Industrial começa o ano em alta no RS

O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS), divulgado nessa segunda-feira (9) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), revela que a atividade no setor começa o ano em alta, depois de três quedas consecutivas. Em janeiro, subiu 3,3% na comparação com o mês anterior, com ajuste sazonal, no maior aumento mensal desde janeiro de 2010 (menor apenas que junho de 2018 devido à recuperação da greve dos caminhoneiros). Mesmo assim, o IDI-RS somente recuperou parte das perdas recentes, que desde maio do ano passado chegaram a 5,9%, e seu patamar em janeiro de 2020 é similar ao do quinto mês de 2019.

Com exceção da massa salarial real, que caiu 2,2%, foi muito positivo o desempenho mensal de todos os componentes do IDI-RS: faturamento real subiu 7,7%, horas trabalhadas na produção, 7,4%; compras industriais, 4,7%; emprego, 0,3%. O melhor nível de atividade da indústria se reflete também com o crescimento da Utilização da Capacidade Instalada (UCI), que atingiu 82,6% após subir 3,7 pontos percentuais em janeiro.

Se na relação com dezembro de 2019 o IDI-RS revela expansão superior a 3% em janeiro, a análise comparativa com o mesmo mês do ano passado obtém um resultado bem diferente, não evitando a sétima queda (a quarta consecutiva) em oito meses: -1,6%. Com isso, a atividade industrial gaúcha voltou a ficar negativa pela primeira vez desde setembro de 2017 no acumulado em 12 meses: -0,2%.

Entre os componentes, ante janeiro de 2019, as influências para o resultado negativo vieram do faturamento real (-5,3%), das compras industriais (-4,2%), do emprego (-0,4%) e da massa salarial real (-0,2%). Apenas as horas trabalhadas na produção (+0,4%) e a UCI (+0,4 pontos percentuais) começaram o ano crescendo.

Ainda em termos anualizados, 11 dos 17 setores pesquisados cresceram. Porém, as reduções de setores importantes como Tabaco (-30,4%), Químicos e derivados de petróleo (-5,7%) e Máquinas e Equipamentos (-1,1%) determinaram o dado negativo agregado. Já as altas vieram de Couros e calçados (8,2%), Produtos de metal (5,5%) e Borracha e plásticos (2,8%).

Mais informações como série histórica e metodologia podem ser obtidas aqui.
 

Publicado segunda-feira, 9 de Março de 2020 - 15h15