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O Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS) cresceu 0,2% em julho, na comparação com junho, alcançando 4,8% acima de fevereiro de 2020, patamar anterior à pandemia, divulgou a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), nessa quarta-feira (8). “Os indicadores mostram um quadro positivo para o setor industrial gaúcho no início do segundo semestre influenciado pela reabertura gradual da economia, a queda no número de casos de Covid e o avanço da vacinação”, diz o presidente da FIERGS, Gilberto Porcello Petry. Segundo Petry, o crescimento das exportações industriais também sustenta esse cenário, assim como o agronegócio, que impulsiona o complexo metalmecânico. Ao mesmo tempo, o principal fator adverso continua sendo as restrições e, principalmente, os altos custos dos insumos e matérias-primas.

Os componentes do IDI-RS apresentaram resultados distintos em julho. Caíram as horas trabalhadas na produção, 0,6%; a massa salarial real, 0,9%; e as compras industriais, 3,1%. Por outro lado, a utilização da capacidade instalada-UCI subiu 1,9 ponto percentual, atingindo 84,3%, o maior nível desde outubro de 2008; e o emprego, 0,6%, a 14ª elevação consecutiva. O faturamento real permaneceu estável, com -0,1%.

Todas as comparações anuais, todavia, seguem influenciadas pela base deprimida do ano passado, com o IDI-RS de julho de 2021 superando em 13,4% o nível do mesmo mês de 2020. No acumulado dos sete primeiros meses, o avanço atingiu 17% frente ao mesmo período do ano passado, com altas intensas de 40,6% das compras industriais, de 19,8% das horas trabalhadas na produção e de 16% do faturamento real. Os demais componentes – UCI, com elevação de 7,6 pontos percentuais; emprego, 6,1%; e massa salarial real, 4,5% – também contribuíram para o desempenho positivo da indústria do RS no período. Em relação ao pessoal ocupado, o destaque de janeiro a julho de 2021 foi o setor de Máquinas e equipamentos, que aumentou em 19,8% as contratações.

Dos 16 setores pesquisados, apenas Máquinas e materiais elétricos registrou queda na atividade industrial, de 1%, nos sete primeiros meses de 2021. A pesquisa mostra um crescimento expressivo e disseminado. Os principais impactos positivos vieram de Máquinas e equipamentos (aumento de 37,4%), Produtos de metal (29,7%), Veículos automotores (21,9%), Químicos e refino de petróleo (10,5%) e Couros e calçados (14%).

PERSPECTIVAS
Os resultados do IDI-RS de julho, juntamente com indicadores antecedentes do setor no Rio Grande do Sul, como a confiança empresarial elevada, indicam que a tendência é positiva também para o restante do ano, avalia o presidente da FIERGS. Além da normalização cada vez maior da economia, apesar da inflação elevada e juros crescentes, os problemas com os insumos e matérias-primas tendem a diminuir.

Publicado quarta-feira, 8 de Setembro de 2021 - 15h15