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As cinco escolas Sesi de Ensino Médio passam a ter agora mais um resultado a seu favor. No Sistema de Seleção Unificada (Sisu) divulgado em julho pelo Ministério da Educação, 36 alunos de quatro escolas (São Leopoldo ainda não formou a primeira turma) obtiveram nota no Exame Nacional de Ensino Médio (Enem) suficiente para entrar na universidade. As engenharias prevalecem nas escolhas, mas também há pedagogia, comunicação, psicologia, biomedicina e muitas outras áreas.  “Mostra que todos os esforços que estamos fazendo, valem. É este o nosso objetivo: dar uma educação que prepare o aluno para o mundo do trabalho e entrando na universidade eles estão dando um passo importante neste caminho”, ressalta o superintendente do Sesi-RS, Juliano Colombo. “Além disso, conseguimos mudar a vida de alunos que, sem essa educação diferenciada, talvez não tivessem a oportunidade de fazer um curso superior”, lembra ele.

As escolas do Sesi já vêm colecionando resultados importantes como o reconhecimento pelo MEC, em 2015, como instituição inovadora e os mais de 60 prêmios em mostras e feiras nacionais e internacionais em áreas de Ciências da Natureza, Matemática e Engenharia. “O grande objetivo é capacitar os estudantes de maneira diferenciada, utilizando modernas técnicas de ensino e ferramentas tecnológicas disponíveis hoje, inserindo aspectos de cultura geral, empreendedorismo, educação financeira, valores e muitas outras questões do dia a dia que são necessárias para formar o aluno para o mundo do trabalho e para a vida", explica a gerente de Educação do Sesi-RS, Sônia Bier. Um bom exemplo é Marlon Rodrigues, da Escola de Pelotas, que foi aprovado via Sisu para Engenharia de Materiais, na Universidade Federal de Pelotas, e que conta como ela foi importante: “Lá dentro desenvolvi aspectos do meu caráter que com certeza não teriam sido afetados da mesma maneira em outro lugar. Aprendi sobre a diversidade de pessoas e como é importante entendê-las para respeitá-las, desempenhando um bom papel enquanto trabalhador na indústria e enquanto ser humano na sociedade” completa. Matheus Gabriel da Silva, de 19 anos, aprovado pelo Sisu em Engenharia de Controle e Automação no Instituto Federal Sul-riograndense (IFSul) em Charqueadas, conta que sua experiência como aluno Sesi foi essencial para seu crescimento profissional, pois lá foi o lugar onde conseguiu abrir seus olhos para as diversas oportunidades no mundo, "Eu tive a felicidade de ir pro Sesi para abrir um pouco a mente e me tornar a pessoa que sou hoje", esclarece ele, que estudou na Escola Sesi de Gravataí.

Outra aluna de Pelotas, Larissa Bassini, que está cursando o primeiro semestre de Biotecnologia na Ufpel, também aprovada pelo Sisu, explica que o Sesi ajudou muito em seu crescimento pessoal. “Me tornei mais comunicativa, mais extrovertida, pude conhecer pessoas de outros países, tive que aprender a conviver com os meus colegas 10h por dia e entender que as pessoas têm opiniões diferentes", recorda. “O Sesi é uma escola totalmente diferente de qualquer outra”, ressalta Larissa. Como todos os alunos das escolas Sesi, Larissa participou de feiras como a Mostratec e Mostrarob, onde conheceu estudantes de outros Estados e outros países. “Eu amei, conheci pessoas de escolas diferentes, de cidades diferentes e principalmente de países diferentes, que eu não conheceria se não fossem essas oportunidades”, destaca. A “bi-bixo” Vitória Caroline Flores Cardoso, foi aprovada e está inscrita em duas universidades, na Universidade La Salle, no curso EAD de Análise e Desenvolvimento de Sistemas e, via Sisu, no IFSC, campus de Florianópolis no curso de Engenharia de Telecomunicações. No La Salle usou a nota do Enem para ganhar bolsa parcial. “Já me matriculei nos dois. Com essa questão de pandemia os dois serão EAD. Ano que vem faço Engenharia de Telecomunicações presencial e continuo com o outro a distância”, diz. Vitória, que estudou no Sesi Sapucaia do Sul, fala ainda da participação nas mostras científicas: “São experiências muito boas, poder apresentar nossa ideia, ter um feedback, explorar as ideias de outros alunos, de outras escolas. Todos os eventos e torneios que participei foram grandes agregadores de conhecimento para mim. Gostei muito de participar de cada um”, enfatiza.

Alguns alunos foram aprovados pelo Sisu, mas optaram por ficar mais perto de casa por meio de bolsa, parcial ou integral do Prouni (Programa Universidade para Todos). Como é o caso de Emily de Oliveira, de 18 anos, aluna da Escola Sesi de Sapucaia, aprovada via Sisu para Letras na Fundação Universidade de Rio Grande (Furg) e com bolsa 100% do Prouni na Unisinos para o mesmo curso de Letras - Inglês Licenciatura. Ela é primeira em sua casa e a terceira da família a entrar para uma faculdade. Emily diz que para ela o diferencial do Sesi são as  metodologias de ensino que vêm sendo desenvolvidas, com aulas dinâmicas. “Fora que o ensino do Sesi deixa os alunos sempre um passo à frente dos outros em questões de trabalho em grupo, criatividade e outras coisas”, comenta. Cassiano Luís Flores Michel, da escola Sesi de Gravataí, é o primeiro da família a entrar em uma universidade. Ele foi aprovado pelo Sisu para Engenharia no IFSul, e, via Prouni, para Ciência da Computação na PUCRS, e optou pela segunda. Cassiano diz que no Sesi ele descobriu basicamente tudo que sabe hoje e que leva todas as pessoas deste período consigo. “Estou realizando um sonho de entrar em uma universidade grande”, releva.

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Publicado quarta-feira, 29 de Julho de 2020 - 16h16