Debater as formas de adquirir financiamentos não reembolsáveis junto à organismos internacionais.
Foi esse o objetivo do encontro promovido pelo Banco de Resíduos, da Fundação Gaúcha dos Bancos Sociais que reuniu empresários, universidades e pesquisadores, nesta segunda-feira (23), na FIERGS.
A promoção de ações que buscam o desenvolvimento social e econômico, através do aproveitamento de resíduos, foi o ponto de partida para o debate. Os participantes discutiram as possibilidades de desenvolver projetos com recursos financeiros oriundos da União Européia e do Banco Mundial, solicitados por organizações da sociedade civil. A diretora da Esfera Agência Social, Andréia Martins, falou sobre desenvolvimento local e respondeu à dúvidas sobre a criação de projetos para captação de recursos. "Há duas formas de captação: através de resposta da divulgação dos editais e apresentação de um projeto à organismos que não trabalham como este sistema. Dificilmente são aprovados na primeira tentativa, mas é importante a persistência, pois na segunda haverá uma adequação muito maior", disse.
Os investimentos beneficiam três segmentos: desenvolvimento social, que combate a fome, pobreza e promove o aumento da renda; responsabilidade social, que atua na área de inclusão e capacitação profissional; e meio ambiente, o qual privilegia, entre outros, preservação e energia renovável. Os valores repassados variam entre US$ 300 mil e US$ 3 milhões. Andréia afirma que os projetos criados no Brasil enfrentam uma dificuldade maior de aprovação. "A análise de riscos para nossos projetos é maior, porque já ocorreu problemas como investimentos conquistados e metas não cumpridas, ou prestações de contas não adequadas".
O presidente do Banco de Resíduos, Tito Lívio Goron, afirma que futuros projetos poderão ser colocados em prática através dessa busca de recursos. "Por enquanto não há nada definido, nem em qual área de reaproveitamento, mas a idéia surgiu, e precisamos avaliar os prós e os contras dessa possibilidade".
