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O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, afirmou nesta quarta-feira que o país precisa se unir e promover uma estratégia de política industrial perene e de longo prazo. “O Brasil é a bola da vez. Não tenho dúvida disso. Nós todos somos os responsáveis por isso e não podemos deixar que esse trem passe”, enfatizou Alban, durante a abertura do 14º Encontro Nacional da Indústria (Enai), realizado pela CNI em Brasília. A comitiva da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) reuniu 75 pessoas, entre diretores, colaboradores e presidentes de sindicatos industriais. "Nós da FIERGS estamos muito satisfeitos com o que vimos aqui", disse o presidente Claudio Bier ao comentar o evento que debateu diversos temas relevantes ao setor.

Ricardo Alban propôs três mensagens à base industrial. “A primeira é que devemos promover a indústria, destacando o papel estratégico que o setor desempenha no processo de desenvolvimento do Brasil”, destacou. Como segunda mensagem, ele alertou que “precisamos lutar, incansavelmente, pela competitividade da nossa indústria e pela redução do Custo Brasil”. Por fim, destacou a importância de um projeto de Estado.

Ao lado do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, Alban observou que o Enai busca unir a indústria e o poder público em torno de agendas que possam levar ao desenvolvimento do Brasil.

O presidente Lula criticou, mais uma vez, a elevada taxa de juros do país, atualmente em 11,25%, e afirmou que os índices de crescimento da economia registrados em seu governo afastam qualquer projeção pessimista. Ele destacou que a economia real sempre pode ser maior que a economia teórica. “Pouco dinheiro na mão de muitos significa economia mais equânime”, frisou.

O presidente da República ressaltou, ainda, a importância da indústria para o país. "Se o povo não está bem, o país não está bem. Se a indústria não está produzindo, o país não está bem", comparou. "O papel do governo é criar condições para que as coisas possam acontecer", acrescentou.

Geraldo Alckmin reiterou o papel da indústria para o crescimento consistente da economia.  “No segundo trimestre, o PIB brasileiro cresceu acima do esperado, 1,4%. Esse crescimento foi muito impulsionado pela indústria, que cresceu 1,8%. Quando a gente abre os dados da indústria, a maior parte foi bens de capital, ou seja, investimento, o que garante que vamos ter um crescimento mais sustentável", disse.

Alckmin reforçou que o governo tem apostado em iniciativas que tornem a indústria mais inovadora, sustentável e competitiva. O vice-presidente também lembrou que a reforma tributária – cuja regulamentação está em discussão no Congresso Nacional – é fundamental para o setor.

Publicado quarta-feira, 27 de Novembro de 2024 - 18h18