As exportações da Indústria de Transformação no Rio Grande do Sul totalizaram US$ 1,5 bilhão em outubro, expansão de US$ 71,7 milhões (5%) frente ao mesmo período de 2023. É o segundo aumento consecutivo do ano na comparação interanual. “O resultado foi influenciado pelo desempenho positivo de 9,8% dos preços médios de venda, mas a quantidade embarcada recuou 4,4%. Precisamos estar atentos, pois a recuperação do Estado após a catástrofe climática do primeiro semestre depende de um bom e contínuo desempenho nas vendas da indústria”, diz o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), Claudio Bier. Dos 23 segmentos exportadores do setor, 12 apresentaram incremento.
Segundo os resultados divulgados pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o segmento de Alimentos faturou US$ 426,8 milhões com exportações, US$ 74,9 milhões a menos (-14,9%) do que no mesmo período do ano anterior. O movimento das quantidades embarcadas (-23,4%) foi o preponderante para explicar a queda na receita, mas os preços médios se expandiram 11,1%. Dentre os ramos que compõem o segmento, Óleos vegetais em bruto (US$ 148,2 milhões ou -US$ 49,8 milhões) enviou seus produtos principalmente para o Irã. Já o Abate de aves (US$ 107,7 milhões ou -US$ 5,2 milhões) teve seus produtos comprados maioritariamente pelos Países Baixos.
Máquinas e equipamentos, em segundo lugar, faturou US$ 276,9 milhões com exportações em outubro, crescimento de US$ 176,2 milhões (174,9%) frente ao mesmo período de 2023. O incremento foi influenciado pelo aumento da demanda internacional, visto que tanto os preços médios, 64,4%, quanto as quantidades, 67,2%, se expandiram no período. À semelhança do mês anterior, novamente as exportações do segmento foram puxadas por embarques atípicos. As vendas de US$ 141,4 milhões do ramo de Máquinas e equipamentos para saneamento básico foram feitas para a Coreia do Sul, assim como os US$ 47,7 milhões em Fornos industriais, aparelhos e equipamentos não elétricos para instalações térmicas, também para o mercado sul coreano.
O segmento de Tabaco, por fim, obteve receita de US$ 176,6 milhões com exportações, US$ 39,3 milhões ou 18,2% a menos frente a outubro de 2023. Embora tenha havido um incremento relativamente forte nos preços médios, com 31,4% de elevação nos produtos embarcados, o movimento não foi suficiente para compensar a forte queda de 37,8% nas quantidades. O principal ramo exportador, Processamento industrial do tabaco (US$ 164,3 milhões ou -US$ 35,5 milhões), teve seus produtos comprados principalmente por Bélgica, Vietnã e Hong Kong.
IMPORTAÇÕES
Em outubro, o Rio Grande do Sul importou US$ 1,2 bilhão em mercadorias, queda de US$ 215,2 milhões (-15,4%) frente ao mesmo período do ano passado, e 26,9% das importações gaúchas se concentraram em bens do segmento de Químicos (US$ 317,9 milhões, ou -31,6%). As compras do RS desse segmento concentraram-se em Intermediários para fertilizantes (US$ 110,2 milhões ou -US$ 8,7 milhões), com origem na Arábia Saudita, e Adubos e fertilizantes (US$ 84,3 milhões ou -US$ 43,2 milhões), adquiridos da China.