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Fórum discute inovação tecnológica e desenvolvimento

Em 40 anos, a Coréia, um país pequeno e sem recursos naturais, tornou-se uma das mais pujantes economias do mundo moderno. Qual o segredo? "Acho que é de fundamental importância inserir tecnologia e inovação num programa de desenvolvimento nacional", destacou administrador do Fundo Coreano de Tecnologia (KTF) e integrante da direção do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Hyunghwan Joo, palestrante do Fórum Internacional de Inovação Tecnológica e Desenvolvimento (FIIT), realizado quarta-feira (5/12), na sede Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul. Joo fez um apanhado geral do processo de desenvolvimento da Coréia do Sul, calcado num forte investimento em inovação tecnológica.

Para o coreano, porém, cada país deve buscar o caminho a ser trilhado, que, não necessariamente, tem que ser igual ao do outro. "Não existe uma fórmula mágica. Cada um deve desenvolver seu próprio modelo, que está diretamente ligada às características locais, às suas potencialidades. Tem que identificar os pontos fortes e fracos. Isso não ocorre da noite para o dia, trata-se de um processo amplo e demorado", alertou.

O brasileiro radicado há quase 40 anos nos Estados Unidos, Fábio Pintchovski, falou sobre sua experiência na área de desenvolvimento de estratégias de negócios externos da KLA/Tencor Corporation. Pintchovski também comentou sobre sua experiência com a Motorola, cujo relacionamento com centros de pesquisas têm resultado em avanço e inovação tecnológica que garantem competitividade no ramo de comunicação.

Segundo o palestrante, o mercado na área de comunicação, por exemplo, ainda é muito grande. Telefone celular e internet atingem apenas 20% da população mundial. Para atender uma fatia dos 80% restantes, as empresas devem se adaptar as necessidades atuais. "Trabalhamos com semicondutores. Hoje, procuramos produzir produtos com mais funções, a um custo mais baixo e num um volume maior", explicou.

Para atingir esse objetivo, Pintchovski destacou o papel das universidades, tendo em vista que é lá que as empresas têm buscado seus pesquisadores, até por uma questão de custo. Por isso, elas possuem importante papel nesse processo da busca de inovação na área de tecnologia da informação. "Inovação não precisa ser uma coisa nova, também pode ser algo que já existe, mas aplicado de uma forma totalmente nova", ensinou.

O evento promovido pela Universidade Luterana do Brasil (Ulbra), teve apoio Contou com apoio do SIstema FIERGS, por meio do IEL-RS, Fapergs e Secretaria de Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, e patrocínio da Souza Cruz e Petrobrás.

Publicado quinta-feira, 6 de Dezembro de 2007 - 0h00