"A Indústria de defesa terá tributação especial e financiamentos pelo BNDES", afirmou o secretário de Ensino, Logística, Mobilização, Ciência e Tecnologia do Ministério da Defesa, José Elito Carvalho Siqueira, durante uma reunião de trabalho realizada nesta quinta-feira (7), na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), com a participação de representantes de empresas gaúchas.
O encontro foi coordenado pelo presidente da FIERGS, Paulo Tigre, que destacou que o setor industrial do Estado tem tradição na oferta de itens nas áreas de defesa e segurança. "Nosso setor industrial é um dos mais diversificados do País. Na visão da FIERGS e do CIERGS, a indústria estabelecida no Estado pode ser vista, entendida e estimulada como uma plataforma integrada de produção para a Política de Defesa Nacional".
O objetivo da iniciativa foi apresentar novas oportunidades de negócios a partir da decisão do governo brasileiro de investir na reestruturação das Forças Armadas, já anunciada pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim. "Nossa ideia é capacitar a indústria nacional para que conquiste autonomia em tecnologias indispensáveis à defesa", explicou o secretário."O Estado também vai auxiliar as indústrias a conquistar mercados no exterior, pois não existe indústria de defesa no mundo que não tenha a participação do governo", completou.
Ainda de acordo com o secretário, a Finep irá financiar o desenvolvimento de projetos e o BNDES apoiará a produção de artigos de defesa. Lembrou que já existem 25 projetos no Ministério da Ciência e Tecnologia, integrantes da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP). "Nossa expectativa é de que, até o fim do ano, teremos a legislação encaminhada para tributação e financiamentos especiais", afirmou. Em 2006, existiam no Brasil 7.741 empresas produtoras de itens de defesa, e em 2008 esse número já era de 11.025.
