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Ele salta, corre, fica de ponta cabeça, acena e até faz gesto de coração. O cachorro-robô do Sistema FIERGS fez sua estreia na 48ª Expointer e vem encantando pessoas de todas as idades que passam pelo estande da entidade. O equipamento, controlado à distância por controle remoto, simula não apenas movimentos de um pet, mas também pode ser utilizado como um robô industrial.  

Nesta segunda-feira (1ª), a presença do cachorro-robô atraiu dezenas de crianças, jovens, adultos e idosos ao estande do Sistema FIERGS – muitos interagiam com o equipamento, tirando fotos e gravando vídeos. A performance do robô também despertou curiosidade nos visitantes, que queriam saber como funcionava e quais movimentos poderia reproduzir. Na quarta-feira (3), o cachorro-robô e as exibições de robótica vão ocupar um espaço especial na área externa do estande. 

Atento aos movimentos do mascote, o operador de empilhadeira Jeferson de Barros, 50 anos, diz que a novidade representa inovação e futuro: “Este é o caminho das próximas gerações”. Visitante assíduo da feira com a família, descreveu o robô como um bichinho virtual, que chama atenção pelos movimentos iguais ao de um cachorro.   

Entre os mais novos, a experiência também foi marcante. O agricultor Alaerti Pontel, 36 anos, levou a filha Vitória, de quatro anos, para ver a atração. A família saiu de Antônio Prado especialmente para visitar a feira. A menina se divertiu e interagiu com o robô. 

A performance do cachorro-robô foi conduzida, nesta segunda-feira (1º), pelo técnico de serviços do Senai de Sapucaia do Sul Anderson Wildner. “A operação do controle é bem tranquila e didática, como um videogame. E o pessoal para bastante para ver, gera bastante interesse do público, as crianças querem passar a mão e até dar de comer para ele”, descreveu. 

De acordo com o gerente de Infraestrutura Educacional do Senai-RS, Rafael Garcez Freire, o cachorro-robô foi adquirido com a intenção de levar elementos referentes à robótica aos eventos do Sistema FIERGS, já que sua programação e seus movimentos se relacionam com os robôs industriais.  

“Existe já uma aplicação desses robôs na indústria para inspeção e monitoramento de infraestruturas em áreas perigosas e de difícil acesso, como mineração e zonas industriais. Sua estabilidade e agilidade permitem navegar por terrenos irregulares e realizar tarefas de coleta de dados e mapeamento. As aplicações incluem a vigilância de canteiros de obras, a inspeção de oleodutos e a exploração de áreas subterrâneas”, exemplifica Freire.   

O equipamento pesa 50 quilos e será batizado durante o Futur.E, evento de educação e inovação promovido pelo Sistema FIERGS entre 1º e 3 de outubro, na sede da entidade, em Porto Alegre.  

ROBÓTICA EDUCACIONAL  
Além do cachorro-robô, estudantes das escolas Sesi de Gravataí, Sapucaia, São Leopoldo e Montenegro apresentam seus projetos de robótica no estande do Sistema FIERGS durante toda a semana da Expointer.  

Bruno Buss Pereira e Sophia Metz, alunos do Senai São Leopoldo, desenvolveram um robô a partir de peças de Lego, conhecido na área como “Robô FLL”, em referência a competição First Lego League. O robô segue linhas e executa desafios através de sensores de câmera que identificam cores. "Não tem um manual para seguirmos. Temos que ver como é a pista e pensar na melhor forma de trabalho, com mecânica e programação sempre colaborando juntos", explica Bruno, que recentemente participou da Olimpíada Brasileira de Robótica (OBR). 

A equipe TecRobot, formada por Rafhael Rosa, Mariêh Kuhl e Luiza Marini, trabalha com robôs de maior porte para a First Robots Competition (FRC). Os equipamentos são construídos com peças industriais reutilizáveis e projetados no software Solid Works antes da montagem física. "O nosso robô é feito a partir de peças industriais e reutilizáveis, então a cada ano que passa a gente reutiliza algumas peças", destaca Luiza. A equipe participará do torneio Off-Season RS da FRC durante o Futur.E. 

Segundo a diretora da escola Sesi de São Leopoldo, Rafaela Rech, todos os professores são capacitados para trabalhar com robótica em diferentes disciplinas, desde matemática e ciências até música e inglês. "O primeiro movimento é levar a robótica, apresentar aos alunos, trabalhar isso de uma forma pedagógica, e depois a gente incentiva os alunos a se reunirem em equipes para que possam participar de campeonatos", afirma. Para Fernanda Arusievicz, coordenadora de Tecnologias Educacionais do Sesi-RS, a robótica articula áreas do conhecimento com o mundo do trabalho: "É importante dizer que não existe robótica sem pesquisa, eles precisam articular esses conhecimentos". 

Publicado segunda-feira, 1 de Setembro de 2025 - 17h17