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O número de ataques cibernéticos, que já vinha aumentando nos últimos anos, teve um salto durante a pandemia do novo coronavírus. O Brasil, que está entre os países que lideram como alvo, tem a necessidade urgente de formação e qualificação de profissionais. Hoje, o país não tem nem metade da força de trabalho necessária para responder às ameaças e evitar prejuízos, que vão da violação de dados de clientes e vazamento de informações confidenciais até a paralisação de linhas de produção na indústria. No Rio Grande do Sul, o ataque hacker ao Tribunal de Justiça é um exemplo do que esse tipo de ação pode acarretar.

Para responder à demanda, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) conta com o Curso prático de simulação hiper-realista de ataques cibernéticos, totalmente a distância, por meio de uma plataforma de ensino e o simulador de ataques e defesas cibernéticas, além do acompanhamento do monitor de EaD e do docente tutor. As aulas acontecerão no formato on-line e síncronas, das 18h às 22h (de segunda a sexta-feira), de 7 a 18 de junho. O curso foi desenvolvido com metodologia focada no trabalho em equipe, em habilidades de liderança, técnicas de comunicação e conhecimento técnico. É totalmente prático, com exercícios interativos que, durante todo processo de ensino, os alunos são desafiados em uma série de cenários cada vez mais complexos, uma intensa experiência imersiva em ambiente cibernético extremamente aplicável a incidentes do mundo real.

Os equipamentos e sistemas disponibilizados nas unidades do Senai formam um ambiente seguro para realização de competições cibernéticas, palestras, consultorias e cursos.

A organização internacional (ISC)² situa o Brasil entre os países com os maiores mercados de trabalho de cibersegurança. Levantamento de 2020 estima um gap da força de trabalho – a diferença entre o número de profissionais capacitados que as organizações precisam para se proteger e a capacidade atual disponível para realizar o trabalho –  de 3,1 milhões de profissionais em todo o mundo e de 331.770 no Brasil. Aqui, a força de trabalho total estimada é de 626.650 profissionais.

Em 2018, o próprio Senai já apontava as profissões de engenheiro de cibersegurança e analista de segurança e defesa digital entre as 30 novas ocupações da Indústria 4.0. Tendência que se confirmou em 2020, com a projeção das oportunidades de emprego pós-Covid 19.

As academias para a formação dos profissionais estão em unidades Senai, no caso do Rio Grande do Sul, no Senai Porto Alegre. A maior novidade é o simulador hiper-realista utilizado em alguns cursos das academias.  Como ensinar na prática poderia comprometer o sistema e as operações das próprias indústrias, utiliza-se o simulador, com 20 cenários de ataque e defesa em um cenário bem próximo do real. Como um jogo, há dois times, o azul e o vermelho, em que um atua como o invasor, com jogadas para invadir e paralisar o sistema, bloquear ferramentas e serviços, e o outro faz a defesa.  

Ao se deparar com um serviço que não funciona mais ou dados que são vazados, os alunos precisam contornar e minimizar danos e desenvolver estratégias para evitar novos ataques. Por ser uma simulação em times, os exercícios também desenvolvem competências socioemocionais. Outra atividade realizada no simulador são os desafios de burlar proteções, de um lado, e identificar e bloquear ataques, do outro, conhecidos como Capture The Flag (CTF). Grandes empresas de tecnologia, como a Cisco e a AWS, a RustCon, fornecedora do simulador, são os parceiros iniciais do Senai no projeto das academias.

Informações sobre o curso: 0800 051 8555 ou pelo Whatsapp 51 9144 8356. Inscrições aqui.

Publicado segunda-feira, 10 de Maio de 2021 - 16h16