Em reunião do Conselho Consultivo do Serviço Social da Indústria (Sesi-RS) de Caxias do Sul nesta sexta-feira (10), o superintendente regional da instituição, Juliano Colombo, detalhou a construção de uma escola de Ensino Médio na cidade. O investimento atende a demanda da comunidade e representa o compromisso de contribuir para a qualificação da força de trabalho local e para o desenvolvimento econômico da região. Participaram do encontro integrantes do Conselho Consultivo do Sesi-RS, composto por representantes do setor industrial, e presidido por Sandro Treintin, além de autoridades da região.
A primeira etapa do projeto é a definição do local onde será instalada a estrutura. A escola de Caxias do Sul será a maior do Sesi no Estado, com salas de aula, laboratórios, biblioteca, espaço maker para trabalhos com tecnologia, ginásio de esportes, além de outros espaços educativos. A previsão é de que a Escola de Ensino Médio em tempo integral inicie a operação em 2027 com capacidade de atendimento de até 525 alunos.
“Vamos implantar em Caxias do Sul um modelo de educação que já é referência no país, com profunda conexão com o mundo do trabalho e com as mudanças em uma sociedade cada vez mais digital. É um investimento que tem o poder de transformar a vida de muitos jovens e de contribuir para o desenvolvimento da cidade e da região”, afirmou Juliano Colombo.
A construção da escola em Caxias do Sul integra o programa A Indústria pela Educação, lançado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS) no dia 25 de maio. Também serão construídas escolas em Bento Gonçalves, Canoas, Lajeado, Santa Cruz do Sul e Novo Hamburgo, além da ampliação da estrutura já existente em Pelotas. Quando em funcionamento, as unidades, somadas, deverão gerar 2,4 mil novas vagas para estudantes e 300 empregos diretos.
O investimento ainda contempla a criação de um Instituto de Formação de Professores, em Porto Alegre, dedicado à capacitação e à qualificação de educadores de escolas públicas e privadas, principalmente por meio de parcerias com os municípios gaúchos. Além de qualificação docente, o espaço (que será instalado em um prédio da Travessa Leonardo Truda, no Centro da Capital) fará pesquisas e estudos de dados educacionais do Estado, produzindo análises qualitativas que permitam construir soluções personalizadas para os professores.
Também estão previstas a reformulação e a ampliação do contraturno tecnológico com ênfase em pensamento computacional. A iniciativa atende a crianças de seis a 15 anos, no turno inverso à escola. Com a ampliação, serão abertas mil novas vagas em todo o Estado.
A aplicação dos R$ 300 milhões deve começar ainda em 2022, com o lançamento do Instituto de Formação de Professores, e ser concluída no primeiro semestre de 2027. A previsão é de que as primeiras escolas a serem construídas entrem em operação em 2025. É o caso de Lajeado, no Vale do Taquari, e de Canoas, na Região Metropolitana, onde as obras devem começar no primeiro semestre do próximo ano. O público-alvo das instituições de ensino são filhos de trabalhadores da indústria, que poderão receber bolsas integrais e parciais, e da comunidade em geral.
