A necessidade de cuidados com a saúde mental, reforçada no Setembro Amarelo, é uma constante preocupação do Sesi-RS, que desenvolve ações para monitorar e identificar pessoas que possam precisar de ajuda. Entre as iniciativas de apoio psicológico oferecidas pelo Sesi-RS estão treinamentos e capacitações, aplicados tanto em escolas da rede como em indústrias. Um bom exemplo são as Brigadas de Emergências Psicossociais implementadas em algumas empresas.
Em algumas instituições de ensino da rede Sesi-RS, professores e servidores recebem cursos e capacitações para que todos tenham condições de lidar com emergências relacionadas à saúde mental. “O objetivo é colocar o assunto em discussão no ambiente de trabalho. Abordamos temas como escuta e manejo de situações”, explica a psicóloga Lívia Anicet, que é analista técnica especializada plena da Gerência de Saúde Mental e Inovação do Sesi-RS. Segundo ela, também é realizada articulação com agentes públicos – como conselhos tutelares e unidades de saúde – para acompanhamentos.
As ações nas escolas são inspiradas nas Brigadas de Emergências Psicossociais, curso que forma pessoas aptas a lidarem com situações de surto, mas também situações emocionais pontuais, como luto, doenças, conflitos de relacionamento e endividamento. Partindo de uma visão de saúde integral no ambiente de trabalho, o curso apoia empresas na gestão e na promoção da saúde mental das suas equipes, uma vez que nem sempre se dispõem de profissionais especializados para acolher essas demandas.
De acordo com o Sesi-RS, a formação na Brigada de Emergência Psicossocial se propõe a ampliar o cuidado com a saúde mental dentro da empresa e ajudar a desenvolver comportamentos de atenção apoiados entre pares, visando fortalecer uma cultura organizacional de segurança psicológica. O brigadista passa a ser uma referência aos colegas e sua atuação se dá de maneira pontual e não invasiva em situações que exigem apoios emocional e de crises. Nos casos necessários, agiliza o encaminhamento para serviços especializados disponíveis na empresa, na rede pública ou privada. O brigadista evita ou minimiza a exposição a situações de crise psicoemocional no trabalho (não faz diagnósticos de condições de saúde mental), promove a segurança psicológica de colegas atendidos e proporciona apoio e cuidados práticos, pontuais e não invasivos.