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Sistema FIERGS debate prioridades da Zona Sul

A Zona Sul quer apoio para desenhar a sua nova matriz econômica e tornar-se uma fronteira industrial do Estado. Este foi o discurso ouvido pela comitiva do Sistema FIERGS durante os dois dias de reuniões de trabalho com lideranças políticas e empresariais de Pelotas e Rio Grande.

A agenda iniciou pelo município que abriga o novo polo naval brasileiro. No Centro das Indústrias de Rio Grande, o presidente da FIERGS, Paulo Tigre, se reuniu com empresários e assistiu a uma apresentação do prefeito Fábio Branco sobre a projeção de crescimento local, que deve receber investimentos de grande por parte de dezenas de empresas. "Devemos chegar até 2015 como o terceiro ou quarto PIB do Estado, um orçamento de R$ 500 milhões e cerca de 300 mil habitantes", disse Branco.

Ao mesmo tempo que esta perspectiva gera euforia, é motivo de preocupação. A comunidade empresarial solicitou apoio do Sistema FIERGS para estruturar um planejamento que atenda este crescimento. "Precisamos de auxílio para nos estruturarmos", comentou o industrial e diretor da FIERGS, Torquarto Ribeiro Pontes Neto.

Para atender estas demandas, o presidente da FIERGS anunciou que Sesi, Senai e IEL passarão a participar dos grupos de discussão que vão tentar encontrar alternativas para os gargalos, como a qualificação profissional. "Sem pre seremos parceiros de quem busca o desenvolvimento. Queremos encontrar alternativas para que a região não tenha um crescimento apenas temporário. Rio Grande está numa nova era", salientou Tigre. A comitiva esteve também no Tecon e nas unidades do Senai e do Sesi na cidade.

Em Pelotas, o dia também começou com uma reunião de trabalho. Foram discutidas alternativas para aproveitar os investimentos no município vizinho, com lideranças de vários setores industriais. "Entre as possibilidades que dispomos está a educação. Somos o segundo principal polo no Rio Grande do Sul. Ficamos atrás apenas de Porto Alegre", ressaltou o vice-presidente regional do CIERGS, João Antônio Leivas Leite.

Para facilitar este aprimoramento e atrair prestadores de serviços e indústrias que forneçam implementos para as companhias que já estão atuando e por chegar em Rio Grande, os empresários locais pediram um apoio do Sesi, Senai e IEL. "Hoje não há mais como pensar em desenvolvimento apenas de uma cidade. Isto sempre acontece em caráter regional. E pela distância pequena entre os dois municípios, certamente Pelotas vai colher dividendos", destacou Tigre.

O dia em Pelotas foi ainda marcado por solenidades. Na primeira delas, foi lançada a pedra fundamental da nova unidade do Senai no município, que será erguida no Parque do Trabalhador, com cerca de quatro mil metros quadrados de área construída, ao lado do ginásio do Sesi, que está sendo erguido no local. A segunda cerimônia marcou o início do convênio entre o Senai-RS e o governo estadual para capacitar 1,4 mil pessoas de baixa renda gratuitamente em 47 cidades gaúchas, em áreas consideradas estratégicas pelos próprios municípios. Ao final, a comitiva prestigiou a Fenadoce.

Publicado sexta-feira, 19 de Junho de 2009 - 0h00