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Debater temas como desafios e o futuro do setor químico no Brasil foi o objetivo do II Fórum Nacional pela Competitividade da Indústria Química na sede da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS) nesta segunda-feira (25). O vice-presidente do Centro das Indústrias do Rio Grande do Sul (CIERGS), Carlos Alexandre Geyer, declarou que “a indústria não precisa de ‘proteção’, o setor necessita de ‘cuidado’. Nem proteção demais, que gera dependência, nem o abandono, que pode levar à marginalização, gerando, nesses dois casos, perda de competitividade”. Ele também comentou sobre a necessidade urgente de uma reforma tributária. “Nós não podemos mais trabalhar e tentar sermos competitivos no caos tributário vigente neste país. Por mais que uma empresa tente cumprir todas as regras tributárias existentes, ela ainda estará sujeita à interpretação do Fisco, que poderá não lhe ser favorável. Precisamos simplificar. No Brasil, queremos regular tudo e acabamos por não regular nada”, completou.   


As questões logísticas estão entre os principais desafios do segmento químico no Brasil. Foram apresentadas comparações de fretes e taxas de transporte de matérias-primas químicas no mercado internacional e interno. De Houston para Manaus, são percorridos 3.980 milhas náuticas a um custo de US$ 55. O mesmo transporte do terminal Santa Clara, no polo petroquímico de Triunfo, para Rio Grande, com 149 milhas náuticas percorridas, o valor é de US$ 51. Hoje, a indústria química é responsável por dois milhões de empregos no Brasil, é a terceira em participação no Produto Interno Bruto industrial, com 10% do total, e um faturamento de US$ 113,5 bilhões em 2016. 

O evento foi uma iniciativa da Secretaria Executiva da Frente Parlamentar da Química (FP Química), do Sindicato das Indústrias Químicas do Rio Grande do Sul (Sindiquim), da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) e outras associações representativas do setor. 

Crédito foto: Dudu Leal

Publicado quarta-feira, 27 de Setembro de 2017 - 16h16