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Atividade da indústria gaúcha cresce 1,6%

A atividade industrial gaúcha avançou 1,6% em junho, em relação ao mês anterior, já descontados os efeitos sazonais, suprimindo parte da queda de registrada em maio (-1,8%). "O resultado confirmou mais uma vez a trajetória instável que vem caracterizando o processo de recuperação do setor. Existem obstáculos não desprezíveis no curto e médio prazo, como o acúmulo de estoques, aumento dos juros, instabilidade cambial, desaceleração da demanda doméstica e inflação elevada", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, ao divulgar o Índice de Desempenho Industrial.

Nessa base de comparação, todas as variáveis ligadas à produção cresceram: compras de matérias-primas (2,7%), faturamento real (0,3%), horas trabalhadas na produção (0,7%) e Utilização da Capacidade Instalada (0,6%), que atingiu o grau médio de 83,1%. Em relação ao mercado de trabalho, o nível de emprego industrial aumentou pela quinta vez (0,7%) nos últimos seis meses, enquanto a massa salarial recuou pela segunda vez seguida (-0,3%).

Quando os primeiros seis meses são defrontados com o mesmo período do ano passado, a atividade industrial gaúcha mostra uma elevação de 4,5%. Neste caso, as compras de matérias-primas e o faturamento foram os destaques, ambos com expansão de 14,5% e 8,8%, respectivamente. Este resultado expressivo reflete, além da retomada gradual do desempenho do setor fabril, a fraca base de comparação do primeiro semestre de 2012, considerado o pior desde 2010. "Existem muitas incertezas sobre a manutenção do atual ritmo, principalmente diante do baixo nível de confiança dos empresários em relação à economia", disse o presidente da FIERGS.

Dos 17 setores pesquisados no primeiro semestre deste ano, 12 se sobressaíram pela contribuição positiva no resultado global do IDI-RS: veículos automotores (11%), máquinas e equipamentos (9,9%) e borracha e plásticos (6,7%). Já as principais quedas vieram de químicos e derivados de petróleo (-3,9%), têxteis (-4,8%) e couros e calçados (-1,8%).

Publicado quarta-feira, 7 de Agosto de 2013 - 0h00