A atividade do setor industrial gaúcho caiu -2,2% na passagem de outubro para novembro de 2013, descontados os ajustes sazonais, segundo dados da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS). A forte desaceleração no penúltimo mês do ano é a maior desde junho de 2011 (-3,3%), nessa forma de comparação.
Todas as variáveis do Índice de Desempenho Industrial do RS (IDI-RS) ficaram negativas em novembro. O faturamento real do setor diminuiu -3,6%, o segundo recuo após uma sequência de quatro crescimentos. As compras de insumos e matérias-primas desabaram -11,8%, anulando os dois meses anteriores de expansão. Também houve queda no nível de utilização da capacidade instalada (-1,6%), pela quinta vez nos últimos seis meses, e no número de horas trabalhadas (-0,5%). Entre os indicadores de mercado de trabalho, a massa salarial real na indústria do Estado desacelerou -2,1% e o emprego, -0,2%
Quando os 11 primeiros meses do ano são comparados com o mesmo período de 2012, o IDI-RS acumula um aumento de 4,8% devido, principalmente, à baixa base de comparação, após dois anos de queda. O faturamento (9,9%) e as compras industriais (12,3%) apontaram as taxas mais elevadas. Os desempenhos moderados das horas trabalhadas na produção (1,8%) e da utilização da capacidade instalada (0,6%) evidenciam o cenário de dificuldades que o setor atravessa. No mesmo sentido, os indicadores associados ao mercado de trabalho também demonstram moderação: a massa salarial cresceu 1,5% e o emprego, 0,4%.
Dos 17 setores pesquisados, 13 tiveram crescimento de janeiro a novembro. As maiores influências positivas foram verificadas em Veículos automotores (12,4%), Máquinas e equipamentos (10,6%), Alimentos (4,8%) e Borracha e plásticos (8,0%). Por outro lado, as pressões negativas sobre o resultado total vieram de Couros e calçados (-1,7%) e Têxteis (-5,2%)
