A atividade da indústria gaúcha cresceu pelo segundo mês consecutivo ao avançar 0,2% em agosto, ante julho, com os ajustes sazonais. "Parece que o pior momento ficou para trás. Mesmo que a retomada do setor ainda seja lenta, há expectativa de que ocorra uma maior aceleração nos próximos meses", avaliou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, nesta segunda-feira (8), ao divulgar o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS).
O comportamento dos componentes do índice não foi uniforme. O resultado positivo ganhou impulso por duas variáveis fortemente associadas à produção: a utilização da capacidade instalada e as horas trabalhadas, que expandiram 1,4% e 1,2%, respectivamente. Já as desacelerações vieram das compras (-1,1%), da massa salarial (-0,8%), do faturamento (-0,3%) e do emprego (-0,1%).
Quando agosto é comparado com o mesmo mês do ano passado, a atividade industrial soma um crescimento de 1,7%. Os setores que mais evoluíram foram Tabaco (11,5%), Produtos de Madeira (10,5%), Químicos e Refino de Petróleo (9,8%) e Máquinas e Equipamentos (3%). As maiores retrações vieram de Metalurgia Básica (-12,9%), Vestuário e Acessórios (-12%), Produtos Têxteis (-8,6%) e Veículos Automotores (-3,1%).
O desempenho favorável dos últimos dois meses, no entanto, ainda não foi suficiente para recuperar as perdas acumuladas no ano (-0,4%), em relação ao mesmo período de 2011. Das seis variáveis que compõem o IDI-RS, quatro tiveram perdas na soma de janeiro a agosto: compras (-3,9%), horas trabalhadas na produção (-2,7%), utilização da capacidade instalada (-1,5%) e emprego (-1,2%). Foram constatadas elevações apenas na massa salarial (6,1%) e no faturamento (0,4).
