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Comitê ampara empresas do RS voltadas ao mercado petrolífero

Criado há pouco mais de dois meses pela FIERGS, o Comitê de Competitividade da Cadeia de Petróleo, Gás e Energia atua pela defesa dos interesses da indústria gaúcha naquilo que o coordenador do grupo, Marcus Coester, define como um "novo ciclo econômico" para as empresas no Estado. Segundo Coester, a exploração do petróleo na camada pré-sal amplia as opções para fornecedores de um mercado que o Rio Grande do Sul tem domínio, mas que não se beneficia tanto quanto poderia.

"A participação gaúcha na área é tímida. Em 2008, as vendas diretas de empresas do Rio Grande do Sul para a Petrobras chegaram a menos de 2%", afirma o coordenador do Comitê, destacando que setores como o metal-mecânico e eletrônico, entre outros, se alinham no perfil daqueles que suprem a indústria petrolífera.

Portanto, de acordo com Coester, foi com a missão de mudar este quadro e incrementar a participação gaúcha em uma área em constante evolução é que a FIERGS criou o Comitê de Competitividade da Cadeia de Petróleo, Gás e Energia.

O coordenador ressalta que o "processo bem-sucedido" utilizado pela Noruega para exploração de suas jazidas, criando centros de pesquisa, promovendo desenvolvimento e beneficiando a população, pode servir de modelo para o Brasil. "Há uma política industrial e econômica que deve ser seguida", diz. "A Noruega implementou com sucesso uma estutura para o setor. Hoje, as indústrias de equipamentos para a exploração do petróleo daquele país competem no mundo inteiro, trazendo ganhos para a sociedade, gerando empregos".

Outros paí­ses exploradores do mineral, como México e Venezuela, observa, não souberam fazer isso, limitando-se a ser meros produtores e vendedores. Contudo, para que o Brasil possa ganhar competitividade internacional, Coster afirma ser necessário criar uma lei para desonerar a indústria nacional do segmento, por meio de redução de impostos.

Publicado sexta-feira, 11 de Setembro de 2009 - 0h00