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Confiança do industrial gaúcho cai pelo terceiro mês consecutivo

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI-RS) de abril caiu 1,4 ponto em comparação a março e 11,2 pontos ante o mesmo mês do ano passado, totalizando 57,3 pontos. O resultado, divulgado pela Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), foi o mais baixo desde julho de 2009 e significou a terceira queda consecutiva. Os números variam de zero a 100 pontos e refletem as condições atuais e as expectativas para o futuro. Superior a 50 pontos é otimismo e abaixo, pessimismo.

"O diagnóstico mais sombrio repercute a conjuntura restritiva enfrentada pelo setor produtivo, como o aperto monetário, a fraca demanda externa e a valorização cambial, apesar do aquecimento do mercado doméstico. Nesse contexto, as expectativas, ainda que otimistas, também se deterioram", afirmou o presidente da FIERGS, Paulo Tigre, ao avaliar o ICEI-RS nesta quarta-feira (27).

De acordo com os industriais, o cenário econômico brasileiro deteriorou-se nos últimos seis meses. Este indicador atingiu 49,6 pontos, uma queda de 2,9 pontos ante março. Em abril do ano passado, o resultado chegou a 64,4 pontos. Também foi apontado pessimismo em relação à economia do Rio Grande do Sul, com a perda de 1,3 ponto e a soma de 48,3 pontos.

A piora na situação também começou a se refletir dentro das empresas, pois esta variável do ICEI-RS recuou 3,8 pontos e totalizou 50,7 pontos. O índice, que é o menor em dois anos, ficou próximo da linha divisória de 50 pontos. Os negócios desaceleraram para 16,2% dos entrevistados e melhoraram para 19,7%. Já, 64,1% disseram que não houve alteração. "A conjuntura para a economia brasileira, expressa no aumento da inflação e na queda das projeções de crescimento, vem afetando negativamente a atividade industrial e a confiança dos empresários gaúchos, que temem um desaquecimento futuro", avaliou Tigre.

No que se refere ao futuro, os empresários estão mais confiantes com a performance da sua empresa e com a economia nacional e regional. Apesar do índice de expectativas ter registrado um recuou de 0,7 ponto em relação a março e 9,5 pontos ante abril de 2010, os industriais permanecem otimistas (61,1 pontos) com os próximos seis meses.

Publicado quarta-feira, 27 de Abril de 2011 - 0h00