O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI/RS) melhorou em agosto (51,3 pontos), após a onda de pessimismo com as grandes manifestações de rua, que em julho levou o indicador (48,6 pontos) aos patamares da crise de mundial de 2008. "No entanto, o índice continua baixo, refletindo a frustração dos empresários com relação ao fraco dinamismo da economia brasileira e o alto grau de incerteza quanto ao seu futuro", avaliou presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller.
Apesar do crescimento em agosto do ICEI/RS, medido pela FIERGS, a variável que analisa as condições atuais da economia e das empresas (45,6 pontos) segue exercendo o maior impacto negativo sobre a confiança. Para 55% dos entrevistados, a economia brasileira (37,1 pontos) piorou nos últimos seis meses. Apenas 5,3% perceberam melhora, enquanto o restante acha que o cenário ruim não mudou. "A confiança empresarial é uma variável importante para o desempenho econômico, sobretudo, para os investimentos e, portanto, o ICEI/RS de agosto prenuncia resultados mais modestos para a atividade industrial gaúcha nos próximos meses, adicionando riscos à continuidade do atual processo de recuperação", destacou o presidente da FIERGS.
A variável de expectativas dos industriais para os próximos seis meses, apesar de ter aumentado em agosto (54,3 pontos) em relação com julho (52 pontos), ainda é o segundo menor valor desde abril de 2009. Os empresários continuam pessimistas com o futuro da economia brasileira e do Estado, ambas tiveram 46,6 pontos no levantamento. É esperada uma melhora apenas no desempenho da empresa (58,2 pontos).
Elaborado mensalmente pela FIERGS, o ICEI-RS varia numa escala de 0 a 100 pontos. Quanto mais os valores estiverem acima 50 denotam maior otimismo e quanto mais abaixo, pessimismo.
